19 de novembro de 2024
Brasil

Lula diz que vai ‘regular’ meios de comunicação caso seja eleito

(Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
(Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato do PT à Presidência da República em 2022, repetiu, nesta quinta-feira, 26, que, se eleito, pretende regular os meios de comunicação no País. Durante entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, o petista ressaltou que sua proposta não é censurar a imprensa.

“Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e tem setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato porque se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação nesse País”, disse Lula na entrevista. “A gente não pode ficar com a regulamentação de 1962, não é possível. Eu penso que a gente vai fazer uma coisa muito nova”, disse Lula na entrevista.

“A regulamentação dos meios de comunicação é do tempo que a gente conversava por carta. É de 1962. Olha a revolução que houve. Você acha que a internet não tem que ter regulamentação? Uma regulamentação que não seja censura”, afirmou.

Segundo o ex-presidente, a proposta é uma “regulamentação que a gente conduza a internet mais para o bem do que para o mal”, e que promova uma regionalização da programação das TVs, que são concessões federais. “É importante que se tenha mais programas regionais”, disse. “É importante que tenha mais regionalização, para que se tenha mais notícias do Estado, mais cultura, mais arte do Estado na televisão. É tentar fazer isso mais plural”.

Foi a segunda vez na mesma semana que o ex-presidente citou a regulação dos meios de comunicação. No sábado passado, o ex-presidente afirmou, em mensagem no twitter que “é preciso atualizar a regulamentação da comunicação do País”. A publicação provocou reação do ministro das Comunicações, Fábio Faria. O PT tem falado reiteradamente sobre a regulação da mídia, e ontem mesmo voltou a repetir. Estamos em 2021 e temos que lutar pela liberdade de expressão e da imprensa, como defende o governo @jairbolsonaro. Não queremos RETROCESSO!”, afirmou o ministro no Twitter. (Estadão Conteúdo)


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