A presidente do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffman, disse que aguarda confirmar agenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para ele vir a Goiânia fortalecer a campanha da também deputada, delegada Adriana Accorsi, candidata a prefeita da capital. Gleisi esteve nesta quarta-feira (29) em evento para apoiar Adriana e a chapa de vereadores petistas.
A dirigente confirmou que o partido já destinou 1 milhão e 300 mil reais para a campanha em Goiânia e tem expectativa positiva de que ela vá para o segundo turno. “A gente tem boas perspectivas aqui para o estado de Goiás, para Goiânia. Então é um estado que a gente tem priorizado, enquanto direção nacional. E a minha vinda aqui é para isso, pra gente gravar com os candidatos e para ver como que estão as coisas”, afirmou em entrevista.
Sobre a possível vinda de Lula para contribuir com a campanha de Adriana Accorsi, Gleisi afirmou: “Ele me disse que vem para Goiânia fazer campanha. Então estamos esperando agora a agenda dele (…) uma agenda que seja um final de semana, ou uma noite”, disse. Segundo ela, o presidente está organizando a agenda para participar das campanhas em algumas cidades importantes aonde o partido tem chances.
Além de Lula, ela citou também a participação de ministros como Alexandre Padilha, Camilo Santana, Nísia Trindade, e Geraldo Alckmin, vice-presidente da República. “Esse time está à disposição para ajudar nas campanhas eleitorais”, listou.
PT vive sentimento positivo sobre eleições deste ano, afirma dirigente nacional
Gleisi analisa que, apesar de mantida a polarização, entre esquerda e direita, o PT atualmente tem um sentimento mais positivo que há quatro anos. “2020 realmente foi um ano muito ruim pra gente, um ano de eleição muito ruim. Então, em 2024, acho que a nossa perspectiva é melhor. Eu não vejo as eleições municipais polarizadas como a eleição nacional, mas elas têm um grau de polarização de campos políticos, porque em torno dos candidatos se organizam os campos da política que atuam nacionalmente”, frisou.
A deputada explicou que o PT trabalhou tendo como prioridade consolidar um campo político que vai ser base para 2026, “com partidos que a gente chama de esquerda e centro-esquerda, que são partidos importantes nessa construção”, resumiu. E exemplificou que isso explica o partido não ter lançado candidatos em todas as capitais. “Muito pelo contrário, nós estamos lançando em 13 capitais, a metade das capitais, porque nas outras 13 nós estamos apoiando aliados”, apontou ela.
Adriana no segundo turno
Gleisi Hoffman enfatizou que a eleição de Adriana Accorsi é prioritária para o PT. “Ela é uma das candidatas prioritárias que nós mais temos olhado. Acreditamos que ela vai para o segundo turno e tem muitas chances de vencer a eleição”, observou.
Perguntada sobre o investimento financeiro com recursos do Fundo Partidário na campanha, a dirigente petista confirmou que o PT colocou 1 milhão e 300 mil na campanha da Adriana, com a expectativa de mais investimento. “Vai aumentar, sim, com certeza. Nós estamos numa fase de distribuição do fundo em que a gente não fez a distribuição total, porque nós temos que computar as cotas, tanto de mulheres como de negros. Então, você tem que fazer uma parte da distribuição dos recursos, fazer um balanço para saber como está, para na segunda distribuição você fazer corretamente e não ter problemas com as cotas”, acrescentou.
A presidente do PT se reuniu com Adriana e os candidatos a vereador em um hotel no Centro de Goiânia, onde também estava a ministra da Ciência e Tecnologia Luciana Santos (PCdoB) que igualmente veio reforçar a campanha. Antes, Adriana Accorsi esteve em um almoço com candidatos a vereador, inclusive de outras cidades.
PT não está isolado, afirma presidente estadual do partido
Após esse encontro, a presidente do diretório estadual do PT, vereadora Kátia Maria comentou em entrevista as alianças do partido. Ela defendeu que o número de coligações não está fora da expectativa. Segundo Kátia, o PT não está isolado em se tratando de cenário estadual.
“Se nós pegarmos o exemplo de Goiânia, Anápolis, Goiás, Itapuranga, Professor Jamil, como parâmetro, estamos com aliança em Goiânia com sete partidos, Anápolis também tem uma aliança com cinco partidos, então acho que é um cenário muito melhor. Se você perguntar assim, ah, vocês gostariam de ter mais alianças nos municípios? Obviamente todo presidente estadual gostaria, mas dizer que tem um isolamento, não é”, afirmou.
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