O ex-senador Luiz do Carmo (Podemos) afirmou, em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia, nesta terça-feira (28), que sua possível indicação como candidato a vice-governador na chapa de Daniel Vilela (MDB) deve ser resultado de uma “construção política” baseada na confiança, na lealdade e na capacidade de agregar forças ao grupo liderado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Durante a conversa com o jornalista Vassil Oliveira, o ex-parlamentar destacou ainda que a afinidade pessoal com Caiado e Daniel e o fato de ser evangélico podem pesar entre os critérios da escolha.
Luiz do Carmo, que é irmão do pastor Oídes do Carmo, uma das principais lideranças da Assembleia de Deus em Goiás e do prefeito de Bela Vista, Eurípedes do Carmo, defendeu que o perfil religioso e conservador pode representar um elo importante com o eleitorado goiano. “Eu sou evangélico desde 1968. Isso não é uma condição para ser político, mas é parte da minha história. Hoje, o segmento evangélico é um grupo que ajuda a construir projetos. Não é uma questão de igreja, mas de pessoas, de valores”, afirmou.
Durante a entrevista, o ex-senador reforçou a importância da aliança entre MDB, União Brasil e Podemos na sustentação do atual projeto político em Goiás. Ele lembrou a relação antiga com Daniel Vilela, com quem conviveu na Assembleia Legislativa. “Fui deputado estadual duas vezes e o Daniel foi meu líder. Tenho uma confiança muito grande nele. E ele sempre me tratou com respeito. Quando o Caiado foi candidato ao governo, o Daniel mesmo me liberou para apoiá-lo. Achei isso bonito e leal”, recordou.
Questionado sobre os critérios para a escolha do vice, Luiz do Carmo afirmou que o nome precisa “somar” e não criar divisões dentro da base. “O vice tem que agregar. Tem que ser alguém que ajude a ganhar a eleição, que esteja ao lado do titular, e não que crie caso com ele. A disputa não pode ser pessoal. É uma construção conjunta. O governador Caiado tem um papel importante nisso, mas o Daniel também precisa opinar. Ninguém impõe nome, é diálogo”, disse.
O ex-senador também destacou a afinidade com o setor produtivo e com a pauta da direita conservadora. “Sou do agro, vivo do agro. Tenho usina, trabalho, produzo calcário. Se o agro está bem, eu estou bem. E sou da direita, da família. Tenho amizade com o pessoal que acompanhou o presidente Bolsonaro. Isso me dá uma base de confiança e de coerência com o que penso para Goiás”, declarou.
Luiz do Carmo disse ainda que vê em Ronaldo Caiado uma liderança incontestável. “O Caiado é um homem que tem quase 90% de aprovação. Ele é um líder, mas é um líder que ouve. Tenho uma amizade muito grande com ele e acredito que vai tomar uma decisão sábia. Ele sempre buscou colocar pessoas que agregam, não que dividem”, afirmou.
Ao final da entrevista, o ex-senador ressaltou que, independentemente de ser ou não escolhido para compor a chapa, continuará apoiando o grupo. “Se for eu, vou ficar feliz. Se não for, vou estar junto do mesmo jeito. O importante é o projeto vencer. Nós temos uma chance grande de eleger o Daniel Vilela e continuar esse trabalho em Goiás”, concluiu.
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