O livro Tormenta, da jornalista Thaís Oyama, será lançado em breve, mas já teve alguns trechos antecipados por alguns veículos de imprensa. Um deles, revelado pelo Uol, destaca que o presidente Jair Bolsonaro, quando morava em um apartamento em Brasília, tomava apenas água da torneira por medo de ser envenenado.
De acordo com a obra, cuja pesquisa se baseia em relatos de interlocutores, tanto o presidente quanto o filho Carlos Bolsonaro, chamado de Zero Dois, sofrem de mania de perseguição. Carlos, conforme os relatos, toma remédio para controlar o humor.
Tormenta diz que o filho, vereador do RJ, tem grande admiração pelo pai e, ao enxergar qualquer chance de conspiração, vai ao ataque, via Twitter, sem nenhum pudor.
Em certas situações, de acordo com o livro, Carlos ameaça sumir e, às vezes, some, quando contrariado pelo pai. Jair, por sua vez, fica transtornado com essas situações, preocupado com que o filho faça besteiras. Um exemplo citado na obra é de quando o então candidato a presidente decidiu indicar Gustavo Bebianno à Secretaria-Geral da Presidência. Carlos teria desaparecido e cortado comunicação com Bolsonaro, que teria ficado fora de si.
Outro trecho do livro diz que o presidente cogitou demitir o ministro da Justiça, Sergio Moro, após ele criticar a decisão do STF de suspender as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro. Jair teria sido dissuadido pelo ministro Augusto Heleno.
Presidente rebate
Na live desta quinta-feira (16), Jair Bolsonaro criticou a obra, dizendo que os jornalistas agora passaram da distorção para invenção de fatos. O presidente ainda disse que a autora de Tormenta, que tem ascendência asiática, morreria de fome no Japão.
Ele também leu o título da matéria do jornal O Globo, que diz: “Ministro Augusto Heleno convenceu Moro a não demitir Sergio Moro” e ironizou. “Parabéns ao Globo online”. Pouco tempo depois, o portal corrigiu a chamada para “Ministro Augusto Heleno convenceu Bolsonaro a não demitir Sergio Moro”.
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