A pedido da Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC, do Senado brasileiro, o governo francês compartilhou os dados de correntistas brasileiros do banco na Suíça. A lista chegou à Receita Federal e à Procuradoria-Geral da República.
“Ao contrário do que diziam, a CPI está renascendo das cinzas. A partir de informações oficiais, a investigação pode avançar com segurança”, disse o relator da CPI, Ricardo Ferraço (PMDB).
O acesso aos dados foi negado, em julho de 2015, pelas autoridades francesas. O argumento é de que a Comissão não teria poder criminal, o que seria uma prerrogativa do acordo de cooperação com o Brasil para que a lista fosse compartilhada.
Em dezembro os senadores decidiram pela antecipação do fim dos trabalhos da CPI do HSBC. Na época, ainda não havia sido apresentado relatório final dos trabalhos. O grupo terá até o dia 30 de abril para concluir os trabalhos.
“Foi uma CPI péssima, onde a maioria de seus membros só se dedicou a obstruir as investigações. Ocorre que a principal argumentação que se fazia para que as investigações não avançassem era que a CPI não tinha dados oficiais da França. Essa desculpa, desde ontem, está sepultada. Agora não tem mais desculpa para não convocarmos e avançarmos nessas investigações”, afirmou o autor do requerimento de criação da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede).
A CPI do HSBC foi instalada em 24 de março de 2015, após fato de que dados foram vazados do HSBC da Suíça, mostrando a movimentação de mais de US$ 100 bilhões. Cerca de US$ 7 bulhões, distribuídos em 5.549 contas, eram referentes a clientes brasileiros.
Com informações da Agência Brasil
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