22 de dezembro de 2024
Atividades particulares • atualizado em 29/11/2022 às 16:10

Lissauer garante que deixará política após terminar mandato de presidente da Alego

"Não tenho intenção nenhuma de assumir um cargo como auxiliar do governo", afirmou
Lissauer Vieira, sobre a taxa do agro: "A única que eu questionei é que eu poderia ter participado um pouco mais desse processo e ter ajudado a equilibrar esse diálogo" (Foto: Divulgação/Alego)
Lissauer Vieira, sobre a taxa do agro: "A única que eu questionei é que eu poderia ter participado um pouco mais desse processo e ter ajudado a equilibrar esse diálogo" (Foto: Divulgação/Alego)

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), garantiu, durante entrevista ao programa Chega Pra Cá, do jornal O Popular, nesta terça-feira (29/11), que deixará a política quando terminar seu mandato no comando da Casa, em 31 de janeiro de 2023.

“Já estou trabalhando e focando no meu planejamento para cuidar das minhas atividades pessoais e, de fato, estou deixando a vida pública”, afirmou o presidente da Alego, que não disputou as últimas eleições e teve seu nome especulado como secretário do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Lissauer, aliás, foi coordenador da campanha de Caiado à reeleição, mas a relação entre ambos ficou estremecida com a votação da chamada taxa do agro. Apesar disso, ele ressaltou que, de sua parte, não ficaram mágoas.

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“A única que eu questionei é que eu poderia ter participado um pouco mais desse processo e ter ajudado a equilibrar esse diálogo, até porque, eu outras oportunidades, fui extremamente fundamental”, disse. “Não fui chamado. Eu até, em um momento, insisti e pedi para poder buscar esse diálogo, mas não fui autorizado a dialogar. Acho que os ânimos estavam muito acirrados.”

“Não tenho intenção nenhuma de assumir um cargo como auxiliar do governo. Não por desmerecer. Como não disputei a eleição de deputado federal porque eu achava que isso ia me comprometer muito nas minhas atividades particulares, da mesma forma eu não aceitaria ocupar um cargo de auxiliar por ter compromissos privados que eu preciso focar nesse momento”, declarou Lissauer.

Lissauer: “Atuei muito forte para dar governabilidade”

O presidente da Alego preferiu não adiantar sua posição sobre os próximos projetos que devem ser encaminhados por Caiado à Alego, como a reforma administrativa e uma possível revisão da lei das Organizações Sociais (OS).

“Se as matérias convencerem a mim que são importantes, você pode ter certeza que vou me posicionar e votar favorável. Se eu não me convencer, como foi nessa questão da taxa do agro, eu vou me posicionar e votar contrário, mas respeitando a maioria”, pontuou.

Lissauer também disse esperar que sua postura em relação à taxa do agro não apague tudo o que foi feito em parceria com o governador no passado. “Em várias situações de extrema preocupação do governador e de calamidade financeira de Goiás, eu atuei muito forte no equilíbrio na composição da base aliado do governo e para poder dar governabilidade.”

“Se, hoje, o governador tem uma gestão equilibrada, as finanças renegociadas e os problemas, na sua grande maioria, resolvidos, passou muito pela minha gestão na Assembleia Legislativa”, complementou o presidente da Casa.

Ele afirmou que não se arrepende de ter determinado votação 100% presencial. Porém, reconhece que poderia ter feito diferente no caso da expulsão do presidente a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, do Plenário da Alego. “Mas isso não paga o relacionamento que eu tive com todos os secretários.”


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