O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer manter o projeto da reforma do Imposto de Renda na pauta desta terça-feira, 17, mesmo sem um acordo entre os líderes da Casa para aprovar a medida. “Tem a matéria da discussão da reforma tributária, que pode votar hoje ou não, a depender da vontade dos senhores líderes”, disse, ao chegar à Casa.
Lira pôs o texto em votação na semana passada, mas cancelou após uma movimentação de líderes em desacordo com a proposta. “Um tema deste nunca vai dar acordo, longe de se dar acordo num País que quer quebrar paradigma de pagar dividendos”, afirmou.
Ele abriu a sessão da Câmara na sequência, com a votação da Medida Provisória (MP) 1.042, sobre novas regras para cargos em comissão no Poder Executivo.
Os deputados devem votar ainda nesta terça-feira o segundo turno da reforma política, que define a volta das coligações. Há um receio de que essa reforma seja rejeitada pelo Senado.
O presidente da Câmara disse que há um compromisso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de pautar o tema, mas que ele não pode e nem deve interferir em como os senadores vão votar. “Não é nossa função fazer aumentar ou diminuir a resistência”, disse.
Sobre o pedido de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, Lira afirmou que é tempo de autocontenção.
Por Camila Turtelli, Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, Estadão Conteúdo
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