14 de agosto de 2024
Cidades

Linha de investigação da Polícia Civil sobre policial morto é latrocínio

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira (16), o delegado Fabrício Madruga disse que a principal linha de investigação sobre o caso do policial militar torturado e encontrado morto em Aparecida de Goiânia é latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.

 

“A linha inicial que temos é que eles foram vítimas de assalto com restrição de liberdade e, em seguida, após a reação do policial Fábio ocorreu o latrocínio”, explica.

No entanto, o delegado afirmou que a Polícia Civil não descarta outras possibilidades como o fato de o policial ter trabalhado no Centro de Prisão Provisória (CPP). “Em conversas com companheiros da PM, que sabiam da rotina dele, e familiares vamos saber se ele estava sendo ameaçado”.

Sobre a tortura, Fabrício explicou como os bandidos agiram, de acordo com o depoimento do colega que conseguiu fugir. “Eles sofreram agressões desde quando foram abordados até o trajeto do local [onde o corpo foi encontrado] recebendo socos e pontapés. As agressões mais contundentes e fortes aconteceram a partir do momento em que Fábio reagiu”.

Além disso, o delegado relatou que após o disparo de Fábio, houve uma luta corporal e as vítimas foram esfaqueadas. Em seguida, foram amarrados e colocados dentro do porta-malas do carro do PM e levado ao setor Ibirapuera, em Aparecida de Goiânia.

“Nesse local, eles teriam sido tirados do porta-malas e um dos assaltantes tentou atirar, mas segundo sobrevivente, a arma teria falhado três vezes. Como eles [os bandidos] não tinham outra arma, teriam tentado matá-lo atropelado, passando o carro em cima das pernas. Ao tentar retornar, o sobrevivente conseguiu fugir e saiu correndo, pedindo ajuda em casa próximas ao local”, concluiu.

Entenda o caso

Na madrugada desta terça-feira, o corpo do policial militar Fábio Araújo Costa foi encontrado em Aparecida de Goiânia. De acordo com a PM, Fábio estava acompanhado de um amigo, saindo de uma academia no setor Urias Magalhães, em Goiânia, quando foram assaltados e levados como reféns.

O policial reagiu ao assalto e baleou um dos bandidos, mas foi rendido. Em seguida, foi levado junto com o amigo para o setor Ibirapuera onde foram amarrados e torturados.

Há a informação de que uma pessoa tenha dado entrada no Cais Vila Nova com um ferimento por arma de fogo na madrugada desta terça-feira. De acordo com o delegado, o horário da entrada bate com o horário dos fatos relacionados ao assalto, mas frisou que a informação ainda está sendo verificada. 


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