22 de dezembro de 2024
Internacional

Linda Evangelista é capa da Vogue e fala sobre procedimento estético que a deixou “deformada”

"Estou tentando me amar como sou", afirmou a modelo, ícone top model dos anos 90
Linda Evangelista, de 57 anos, relembrou toda a história que a fez ficar "permanentemente desfigurada". (Foto: reprodução)
Linda Evangelista, de 57 anos, relembrou toda a história que a fez ficar "permanentemente desfigurada". (Foto: reprodução)

A modelo Linda Evangelista, de 57 anos, apareceu publicamente na mídia pela primeira vez desde que disse ter sido “deformada” por um procedimento estético incorreto. Capa da última edição da revista Vogue, Evangelista aparece, nas fotos, com fitas adesivas e elásticos puxar a pele de seu rosto, mandíbula e pescoço para trás, escondendo os problemas causados ​​pelo efeito colateral de uma criolipólise para reduzir a gordura corporal.

Linda afirmou, na entrevista concedida à revista, que as fotos em que ela aparece bastante coberta com roupas, “não é ela na vida real”. “…E não posso andar por aí com fita adesiva e elásticos em todos os lugares”, completou. Como chamada da capa, ela diz, ainda, que está tentando se amar como é. “Para as fotos, sempre acho que estamos aqui para criar fantasias. Estamos criando sonhos. Acho que é permitido. Além disso, todas as minhas inseguranças são resolvidas nessas fotos, então eu tenho que fazer o que amo fazer”. Veja a publicação com a foto da capa na Vogue:

A ex-supermodelo dos anos 1990, ícone da década, realizou o procedimento que a “deformou” há um ano e, na época, em suas redes sociais, ela garantiu que cirurgia a deixou “permanentemente desfigurada”. A criolipólise, tratamento de emagrecimento que promete eliminar a gordura por congelamento, fez com que Linda desenvolvesse hiperplasia adiposa paradoxal ou HAP, um risco que ela afirmou que não conhecia antes de se submeter aos procedimentos.

Visto como uma opção para a cirurgia estética, o procedimento não impede o paciente de exercer qualquer atividade, retomando sua rotina no mesmo dia. O procedimento faz parte dos tratamentos para ‘contorno corporal’. Porém, existe este risco de um efeito colateral raro chamado hiperplasia adiposa paradoxal, que faz com que as células de gordura aumentem em vez de encolher, resultando em uma área de gordura localizada e endurecida.

Hoje, um ano após o ocorrido, Linda disse que tomou a decisão de se submeter ao procedimento estético levada pela sua vaidade e atraída pela publicidade. “Aqueles anúncios do CoolSculpting eram exibidos o tempo todo na CNN, na MSNBC, um atrás do outro, e eles ficavam perguntando: ‘Você gosta do que vê no espelho?’ Como se falassem diretamente comigo.”

“Era para tirar aquelas gordurinhas resistentes que teimam em permanecer. O anúncio dizia que não era necessário cirurgia, nem era preciso tempo de recuperação… Acabei bebendo a poção mágica, e é claro que eu faria isso, pois sou um pouco vaidosa. Então decidi fazer — e deu errado”, contou Evangelista.

No fim, a ex-modelo processou a empresa que realizou o procedimento. “A HAP não só destruiu meu sustento, mas me colocou em um ciclo de profunda depressão, tristeza e baixa autoestima”, escreveu na época. A empresa responsável, Zeltiq, por sua vez, fez uma declaração publicada na Vogue: “Estamos contentes de ter resolvido este assunto com Linda Evangelista. Nosso foco continua sendo o empoderamento de confiança por meio do fornecimento de produtos e serviços estéticos seguros, confiáveis, aprovados cientificamente. O CoolSculpting é um tratamento não invasivo para remoção de concentração visível de gordura em nove áreas do corpo e tem aprovação da FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA, equivalente à Anvisa).”


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