A JBS de Água Boa, em Mato Grosso, será obrigada a adotar, em 60 dias, medidas que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores da fábrica, como a implementação de mecanismos para detecção precoce de vazamentos de amônia, assim como ocorreu em Goiás. Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) também pede, na condenação definitiva, que a empresa pague indenização por danos morais coletivos de R$ 5 milhões.
Caso não sejam implantadas as 19 medidas de segurança estabelecidas, a JBS deverá pagar multa de R$ 10 mil, multiplicada pelo número de funcionários prejudicados. Em relação a não elaboração e execução do Plano de Resposta a Emergências (PRE) e do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico, a multa será de R$ 50 mil.
O caso
Quatro funcionários da JBS, do setor de abate, precisaram ser hospitalizados pela exposição ao gás, em março de 2015. Em altas concentrações, o gás pode causar a morte das pessoas. À época, a empresa tentou impor que os funcionários voltassem ao trabalho, mesmo com indícios de que ainda havia vazamento de amônia no local.
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