14 de agosto de 2024
Política

Líder nas pesquisas em Anápolis, Gomide mira indecisos para ampliar vantagem

Gomide em discurso no plenário da Alego. (Foto: Alego)
Gomide em discurso no plenário da Alego. (Foto: Alego)

Antônio Gomide (PT) apareceu como líder na pesquisa Serpes/O Popular que mediu as intenções de voto dos anapolinos para a prefeitura com vantagem de 24,9 pontos sobre o atual prefeito Roberto Naves.

Apesar da folga na liderança, o petista pondera que este é apenas o início da campanha e “o resultado não reflete de forma nenhuma a conclusão (do período eleitoral)”. Gomide chama atenção ainda para o alto número de indecisos (19%), o que pode mudar o cenário no dia 15 de novembro.

“Precisamos conquistá-los. A campanha está boa. Estamos na rua e vemos o sentimento refletido na rua, mas temos o pessoal que ainda está indeciso. Vamos buscar esses votos indecisos”, destaca.

Saúde e Educação

O candidato do PT criticou a atual gestão na Saúde e afirmou que houve um desmonte nos últimos quatro anos. Para a área, que aparece como preocupação da maioria dos anapolinos, Gomide planeja fortalecer os programas de Saúde da Família e retomar as equipes de atenção primária nos bairros. “Queremos também construir uma UPA na Região Leste, no Bairro de Lourdes, e valorizar o concurso público da Saúde”, completa.

O deputado diz que, se eleito, vai resgatar a aplicação do piso nacional do professor em Anápolis. Ele também defende a ampliação da oferta de ensino em tempo integral na rede municipal de Educação. Além disso, ele cita a construção de uma escola no Setor Industrial Munir Calixto como uma das prioridades da gestão na área.

Gomide também afirmou que pretende reforçar as equipes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). “Precisamos chegar ao contraturno dos meninos nos bairros e fazemos isso com o aumento das equipes”, pontuou. O candidato também prometeu retomar atividades de centros culturais municipais e fortalecer a agenda de eventos esportivos e de cultura no município.

Ampliação do Daia

Um dos gargalos do desenvolvimento econômico em Anápolis é a ampliação do Distrito Agroindustrial (Daia). Várias lideranças políticas do município, incluindo o atual prefeito Roberto Naves, pressionaram por novos espaços para instalação de empresas e até mesmo sugeriram a criação de um distrito municipal.

Para Gomide, a proposta é inexequível. “O município não tem recurso próprio e nenhuma linha de crédito para dar infraestrutura a um novo distrito. Além disso, não tendo nada ali naquela região, qual empresa vai querer ir para lá?”, questiona.

Para o petista, a receita para gerar emprego é atrair e renda é atrair empresas, mas aprimorando e ampliando o espaço já existente. “Precisamos ampliar, melhorar, desapropriar áreas no distrito já montado. Temos negociar com o Estado para ampliar o que já temos”, reforça.

Amadurecimento e diálogo

Gomide foi prefeito de Anápolis de 2009 a 2014, quando renunciou ao cargo para concorrer ao governo estadual. Depois disso, ele ainda foi vereador e exerce atualmente mandato de deputado estadual. Doze anos após a primeira eleição, o petista se vê mais maduro, mas com desafios igualmente complexos.

“São momentos diferentes, mas as dificuldades que tínhamos lá podem ser as mesmas de agora. Entendo que estamos mais maduros, conhecemos mais a cidade por dentro. Uma vez que tivemos esta experiência, estamos mais equilibrados, maduros para buscar soluções”, frisa.

O petista destaca que, se eleito, buscará o diálogo com todas as forças políticas, independente da posição durante o período eleitoral. Ele afirma ainda que o apoio do governador Ronaldo Caiado a Roberto Naves não compromete uma relação serena e produtiva com o governo estadual.

“A cidade dando certo, dá certo o estado. Anápolis não dando certo, é problema para Goiás. O governador precisa conversar constantemente com Anápolis, Aparecida e Goiânia. É o eixo econômico do estado. O governador precisa de Anápolis e Anápolis precisa do governador. Não temos dificuldades de diálogo. São projetos diferentes, mas vamos manter o diálogo”, assevera.


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