07 de agosto de 2024
Violência

Líder do MST é executado a tiros no interior do Tocantins

De acordo com a Polícia Militar, a corporação recebeu a denúncia feita por uma mulher de 43 anos, namorada de Raimundo Nonato
Cacheado como Raimundo era conhecido tinha extensa trajetória no movimento social (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Cacheado como Raimundo era conhecido tinha extensa trajetória no movimento social (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Referência na liderança do Movimento Sem Terra (MST), no Tocantins, o dirigente Raimundo Nonato Silva Oliveira, de 46 anos, foi executado a tiros no início da madrugada desta terça-feira (13/12), em Araguatins, no interior do Tocantins. Com informações do portal AF Notícias.

De acordo com a Polícia Militar, a corporação recebeu a denúncia feita por uma mulher de 43 anos, namorada de Raimundo Nonato. Aos policiais, ela relatou que estava deitada com o dirigente quando três homens encapuzados arrebentaram a porta de sua residência, invadiram a casa e atiraram contra a vítima.

Conhecido como ‘Cacheado’, Raimundo Nonato não resistiu aos ferimentos e morreu em cima da cama. A companheira não soube informar quantos disparos foram efetuados nem a motivação do crime. Os suspeitos não foram encontrados e o caso será investigado pela Polícia Civil (PC).

O MST chegou a se manifestar por meio de uma nota lamentando a morte de Cacheado. Relembrou sua trajetória no movimento social e também a contribuição que deu à Pastoral da Juventude Rural no Tocantins. O MST também lamentou a criminalização que ambos sofriam e que não foi a primeira vez que tentaram assassinar Raimundo.

“Tanto o Movimento como o próprio Cacheado sempre foram criminalizados e perseguidos pelos latifundiários, grandes grileiros de terras públicas na região do Bico do Papagaio. Estes, por diversas vezes, entre os anos de 2000 a 2015, tentaram assassinar Cacheado. Porém, ele conseguiu sobreviver às tentativas”,  disse a nota.

O MST também não poupou críticas ao governo tocado pelo presidente Jair Bolsonaro. “No decorrer do período do governo Bolsonaro, as ações de criminalização e risco de assassinatos de militantes sociais, sobretudo os que lutam pela terra, ficaram muito evidentes, se acirrando, ainda mais, no período eleitoral e pós eleições neste ano de 2022”, destacou.


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