O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no mensalão, foi liberado pela Justiça do Distrito Federal nesta quinta-feira (28) para cumprir liberdade condicional.
Durante audiência na Vara de Execuções Penais de Brasília, foram definidas as condições para que ele possa usufruir do benefício.
Pizzolato terá de comparecer à Procuradoria da Fazenda Nacional em 30 dias para oferecer garantias de pagamento da multa imposta no julgamento do mensalão, de R$ 2 milhões, que foi parcelada. Em caso de inadimplência, poderá ter a condicional revogada.
Ele foi levado para a audiência, que se deu a portas fechadas, escoltado e algemado.
Durante a sessão, reclamou que seus objetos pessoais não foram restituídos pela Penitenciária da Papuda. Entre os itens reclamados, constavam um relógio, imagens religiosas e agasalhos.
Após a audiência, Pizzolato foi levado ao Conselho Penitenciário do DF para procedimentos burocráticos.
Ele foi liberado pouco antes das 17h. Ele deixou o Conselho Penitenciário do DF sorridente. Questionado sobre o que irá fazer, respondeu: “Agora vou correndo para casa para ver minha mulher.”
Pizzolato foi condenado em 2013 a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Ele fugiu para a Itália, usando passaporte do irmão morto, mas foi preso e extraditado para o Brasil em 2015. Na ocasião, passou a cumprir sua pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade condicional a Pizzolato por ter atendido a algumas exigências legais, como cumprir um terço da pena, ter comportamento adequado na prisão e bons antecedentes.
O fator decisivo foi ter começado a pagar multa de R$ 2 milhões, graças a um acordo que permitiu o parcelamento do débito.
Em maio, Pizzolato já havia progredido para o regime semiaberto. Podia sair para trabalhar durante o dia, retornando à Papuda para dormir. (Folhapress)
Leia mais:
- Henrique Pizzolato recebe multa de R$ 500 mil por desvios no Banco do Brasil
- Defesa de Pizzolato recebe garantia de que sistema carcerário irá respeitar direitos humanos
- Depois de mais de dois anos, Pizzolato volta ao Brasil para cumprir pena
Leia mais sobre: Mundo