29 de dezembro de 2024
Leandro Mazzini

Levy acalma o mercado, e será o ‘Choque’ de Dilma

 

 

A chega de Joaquim Levy ao Ministério da Fazenda do governo Dilma é um sinal positivo que o mercado esperava – de que a presidente está disposta a mudanças. Levy é nome de consenso junto aos bancos no Brasil e aos organismos internacionais. Ele foi consultor do Banco Mundial após deixar o governo Lula, tem bom trânsito em Washington e foi o homem do ‘choque de gestão’ do primeiro governo de Sérgio Cabral no Rio. O nome de Levy traz a certeza ao mercado de que ele já negociou carta-branca com a futura chefe para mudar o que é preciso e alavancar a economia novamente.

Com Cabral

Levy fez o choque de gestão no governo Cabral: fundiu secretarias, cortou custos e em seis meses colocou as contas em ordem, sem sacrificar a gestão. Havia déficit bilionário.

Com bancões

O nome de Joaquim Levy também é consenso na Febraban, a entidade que agrega os bancões privados e estatais. Só seu anúncio ontem já fez o dólar cair e a Bovespa subir.

Pulou fora

A ida de Nelson Barbosa para o Planejamento corrobora o que a Coluna publicou: a ministra Miriam Belchior quis pular do barco, apesar dos apelos de Dilma para ficar.

Armando em casa

A futura nomeação de Armando Monteiro para o Desenvolvimento Econômico cai como luva – ele foi presidente bem avaliado da Confederação Nacional da Indústria. Também é prêmio de consolação de Dilma e Lula para Armando, que gastou uma nota e perdeu o governo de Pernambuco, mas ajudou a presidente a vencer a eleição no Estado.

Ficou no Bradesco

Luiz Carlos Trabuco disse ‘não’ à presidente porque sabe o pepino da economia e o que o aguardaria em 2015. Trabuco e Dilma são amigos há décadas: ele era superintendente regional do Bradesco no Sul, e Dilma, secretária do então governador Alceu Colares.

Fernando Baiano..

Um alvoroço tomou brasileiros que desembarcaram no aeroporto de Dubai na quarta-feira. Um passageiro gritou na fila que vira ali o Fernando Baiano. ‘Cadê o lobista?’, ‘Mas ele não foi preso?’, gritaram outros. Até que a confusão foi desfeita.

 ..em Dubai

Tratava-se do jogador de futebol homônimo do famoso lobista do PMDB, alvo da PF, que depôs ontem. Baiano, o jogador, anda batendo uma bolinha para time árabe.

Fritura

E continua a fritura do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que sai até dia 31. Ele e Dilma romperam. E a presidente negocia a saída honrosa dele.

Conta do Petrolão

Relatórios produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontaram até agora que 4.322 pessoas e 4.298 empresas investigadas na Operação Lava Jato movimentaram, entre saques e depósitos, R$ 23,7 bilhões entre 2011 e 2014.

Pau que dá em Chico..

Governistas comemoram, petistas em especial: Um silêncio ensurdecedor tomou conta dos opositores tucanos depois que vazou a suposta ligação do partido com empreiteiros presos na Operação Lava Jato, como o dono da UTC.

Aí o resultado

Desde 2010 a ONG Transparência Brasil já alertava para casos suspeitos e cobrava da Petrobras transparência nos contratos da estatal. A diretoria da petroleira negava, com a desculpa de que evitava vazar documentos sigilosos para a concorrência.

Data do enterro

Os governistas dão como certo enterro da CPMI da Petrobras para 22 de dezembro, quando Congresso entra em recesso. Apesar da enxurrada de convocações, vai a pique. ‘Não tem mutirão, não’, entrega o presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),

Natimorta

Concebida natimorta até pelos mais ferrenhos opositores, a CPMI da Petrobras terá relatório pronto até dia 18, quando será lido. Pedirá indiciamentos, e dará em nada.

Nas mãos do PGR

O Conselho Nacional do MP afastou por 90 dias o procurador da República em Joinville (SC), Davy Lincoln Rocha. Teria pedido intervenção militar no Brasil.

Pediu para sair

À meia boca, muitos governistas, inclusive petistas, criticam o jeito centralizador da presidente Dilma, de quere conduzir a Economia. Guido Mantega é um fantoche dela.

Ponto Final

Até petistas históricos criticam o ex-presidente Lula, que some em momentos de crise.

 


Leia mais sobre: Leandro Mazzini