21 de dezembro de 2024
Economia

Levantamento da Conab aponta supersafra ainda maior este ano

(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta terça (11), em Brasília, as estimativas do décimo levantamento da safra correspondente ao período 2016/17. A pesquisa foi realizada de 18 a 24 de julho em todas as regiões produtoras do país, através de diversas instituições e informantes cadastrados. As informações são da Agência Brasil.

Diferentemente dos dados divulgados em maio, que previa uma supersafra de 232 milhões de toneladas de grãos, a Conab informou que o número pode chegar a 237,2 milhões de toneladas. Uma produção recorde, com crescimento de 27,1% com relação ao período anterior.

Para a empresa, a supersafra se deve a condições climáticas favoráveis e ao aumento da produtividade média em todas as culturas, com destaque para o milho e a soja, considerados carros-chefe da produção de grãos no país, com alto nível de aplicação tecnológica.

De acordo com a pesquisa, a soja deve crescer 19,4% e chegar a 113,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo assim a expectativa dos números divulgados em maio. Já a produção de milho pode chegar a 96 milhões de toneladas, 44,3% acima da safra 2015/2016.

Economia

Segundo o secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sávio Pereira, a produção de grãos no Brasil tem um impacto muito grande na economia. “O agronegócio está gerando um superávit de US$ 40 bilhões na balança comercial brasileira no primeiro semestre de 2017”, disse.

Ele destacou que todos os números divulgados até agora são positivos e que o país tem um considerável estoque de alimentos. “Isso também gera um impacto positivo no preço dos produtos. A agricultura tem cooperado de forma muito efetiva com a economia do país”.

O gerente de Levantamento de Safra da Conab, Cleverson Santana, alerta que a expectativa é muito positiva, mas ainda é necessário aguardar o encerramento das colheitas para fazer um balanço geral. “As condições climáticas estão sendo muito favoráveis. Não estamos tendo nenhum problema expressivo. Contudo, apenas 26% da segunda safra foi colhido. Vamos continuar monitorando. A expectativa é positiva”, observou.

Os números definitivos da safra serão divulgados em setembro.

Grãos

As projeções para um recorde na safra de grãos em 2017 continuam aumentando e os últimos números relativos ao LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) de junho, divulgados também nesta terça (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estimam que a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir 240,3 milhões de toneladas.

O resultado, além de ser recorde, é 30,1% maior do que o da safra do ano passado, que foi de 184,7 milhões de toneladas. Em relação às projeções de maio, houve um crescimento da produção de 1,7 milhão de toneladas (0,7%). Também as projeções em relação à área plantada cresceram 117,4 mil hectares, o equivalente a 0,2% em relação ao mês anterior.

A estimativa da área a ser colhida subiu 7% atingindo 61 milhões de hectares. Em 2016, a área colhida foi de 57,1 milhões de hectares. São esperados recordes na produção da soja e do milho. As previsões indicam que a safra da soja atinja 114,8 milhões de toneladas, resultado 19,5% maior do que a do ano passado, enquanto a do milho deverá atingir 97,7 milhões de toneladas, crescimento de 53,5%.

Em relação a 2016, houve crescimento de 2,3% na área a ser colhida da soja, de 17,7% no milho e 3,6% no arroz. Já as estimativas da produção do milho somam 97,7 milhões de toneladas. Estes três produtos representaram, juntos, 93,5% da estimativa da produção total da safra deste ano e 87,8% da área a ser colhida.

Comparando-se as estimativas de maio e junho, os destaques foram para o amendoim primeira safra (26,2%), cebola (5,7%), batata-inglesa 2ª safra (4,5%), batata-inglesa 3ª safra (2,3%), batata-inglesa 1ª safra (1,6%), milho 2ª safra (1,3%), soja (0,8%), milho 1ª safra (-0,4%), feijão 3ª safra (-1,4%), feijão 2ª safra (-3,9%) e amendoim 2ª safra (-54,3%). (Folhapress)

 


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