Conforme balanço divulgado nesta última terça-feira (19) pelo Ministério da Saúde, o Brasil aumentou a cobertura de oito vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade. Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os resultados mostram o início do processo de reversão da tendência de queda das coberturas vacinais no país, que ocorre desde 2016.
A pesquisa foi feita com base nas doses aplicadas de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Os imunizantes que apresentam um aumento na aplicação de doses são contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, as vacinas meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola), além da contra febre amarela.
No geral, todos os estados tiveram aumento na vacinação contra a febre amarela e DTP. Os percentuais variam de 61,6%, como a tríplice viral (2º dose), a 85,6% de cobertura, da tríplice viral (1ª dose). A única vacina que não teve aumento na procura foi contra varicela por problemas no fornecimento. A análise também afirma que subiu em um terço o número de municípios que alcançaram 95% da meta de imunização infantil.
Imunização contra o HPV
A levantamento também registrou que o número de doses aplicadas da vacina contra o HPV cresceu 30%. “Essa foi uma vacina alvo dos negacionistas. A aplicação caiu ano após ano”, reforçou o diretor Eder Gatti. A vacina vinha apresentando uma queda desde 2014, apesar do aumento da faixa etária e inclusão dos meninos como público-alvo.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e está associada a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e de ânus. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Alternativas adotadas
Para fomentar a vacinação no país, em fevereiro, o governo lançou Movimento Nacional pela Vacinação para retomar a imunização e combater notícias falsas sobre as vacinas. Além disso, em 2023, 3.992 cidades adotaram a imunização nas escolas.
“Essa é a retomada de algo que o Brasil nunca deveria ter perdido”, ressaltou a ministra. Outras alternativas adotadas foram a ampliação do horário das salas de imunização, busca ativa de não vacinados e a padronização nos registros das doses aplicadas.
Com informações da Agência Brasil
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