Os dois leilões do pré-sal que serão realizados em 2017 vão oferecer pelo menos 2,5 bilhões de barris em reservas.
O valor é uma estimativa conservadora: considera que apenas 20% dos 12,3 bilhões de barris identificados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) nas áreas podem ser recuperados.
Normalmente, a média de recuperação de reservas no Brasil oscila entre 20% e 30%. O volume pode subir com o uso de técnicas de recuperação ou com novas tecnologias.
As projeções para o leilão foram apresentados pela agência na manhã desta quinta-feira (17), em seminário técnico sobre as duas rodadas do pré-sal agendadas para o dia 27 de outubro.
Serão oferecidas oito áreas, que podem render ao governo R$ 7,7 bilhões, caso todas sejam arrematadas.
Quatro delas são pedaços de reservas já conhecidas que se estendem para fora de áreas concedidas em leilões anteriores: Carcará, Gato do Mato, Sapinhoá e Tartaruga Verde.
As outras quatro são áreas novas: Peroba, Pau Brasil, Alto de Cabo Frio Central e Alto de Cabo Frio Oeste.
A ANP não fez projeções apenas para as duas últimas, por estarem em uma região com pouca exploração no pré-sal -as áreas ficam ao norte da Bacia de Santos, em frente à Região dos Lagos, no Rio.
Peroba e Pau Brasil são as duas maiores, com 5,3 bilhões e 4,1 bilhões de barris no reservatório. Considerando um fator de recuperação de 20%, teriam cerca de 1 bilhão e 800 milhões de barris de reservas comprovadas, respectivamente.
A Petrobras decidiu exercer o direito de preferência sobre três áreas: Sapinhoá, Peroba e Alto de Cabo Frio Central. Isso significa que a estatal pode optar por ser operadora e ter uma participação de 30% no consórcio vencedor.
No leilão de Sapinhoá, o governo vai oferecer uma área equivalente a 3,7% da jazida, que está fora da área de concessão hoje já em operação.
A Petrobras é operadora do campo, que é o segundo maior produtor de petróleo do Brasil. (Folhparess)
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