05 de janeiro de 2025
Administração municipal

Leandro Vilela fala sobre contingenciamento para arcar com os compromissos de Aparecida

Com pouco dinheiro em caixa, o prefeito aponta a necessidade de contingenciar cargos comissionados do município em 30% e frisa o pagamento em dia da folha de janeiro como prioridade de sua gestão
Foto: Mel Castro/Diário de Goiás
Foto: Mel Castro/Diário de Goiás

O novo prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), visitou, na manhã desta sexta-feira (3), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant, situada na cidade. Acompanhado do vice-prefeito, João Campos, e do secretário de saúde do município, Alessandro Magalhães, o administrador apontou as prioridades previstas para o mandato.

Vilela disse ter assumido a Prefeitura de Aparecida com uma dívida acumulada em R$ 300 milhões e apenas R$ 9 milhões em caixa. Entre as dívidas herdadas, está a folha de pagamento de dezembro em atraso, no valor de cerca de R$ 60 milhões.

“Nós pegamos uma cidade praticamente em um estado de calamidade. Um caos. R$ 300 milhões em déficit. A folha de dezembro dos servidores atrasada, sem ser paga. Tudo isso é um problema muito sério. Nós estamos trabalhando e vamos trabalhar muito. Agora, é claro que tudo depende de recursos, de caixa, e nós estamos com o caixa praticamente zerado, com um déficit de R$300 milhões e com R$ 9 milhões em caixa”, pontuou.

Conforme o prefeito, serão tomadas medidas emergenciais para um contingenciamento de no mínimo 30%. “Estamos revisando todos os contratos, cortando, encerrando. Nós vamos voltar com uma carga muito menor de servidores comissionados. É preciso que tenhamos um corte linear de no mínimo 30%. Não podemos governar dessa forma. Precisamos governar com responsabilidade, com respeito ao dinheiro público e ao cidadão”, enfatizou.

As prioridades, conforme Vilela, estão voltadas para a saúde pública do município, como o pagamento do Hmap e a reposição de insumos, além de cumprir com os demais compromissos financeiros da Prefeitura. “Nós sabemos que a situação da saúde é precária, tendo em vista que só no Hmap nós temos R$35 milhões de dívidas não pagas pela gestão anterior”, frisou, com a afirmativa de faltam, também, insumos nas unidades de saúde de Aparecida. O prefeito frisou que a Secretaria da Saúde da cidade já tomou as providências para que tais problemas sejam solucionados com celeridade.

Vilela enfatizou que irá honrar, a princípio, o que faz parte da atual gestão, que é o pagamento em dias da folha de janeiro. “Aí sim, conforme sobrarem recursos, nós vamos quitar a folha de dezembro e todos os outros”, sublinhou.

“É preciso compreensão e um pouco de paciência para que nós possamos recuperar os três anos de desmando que ficou na Prefeitura”, salientou o novo gestor, que apontou existirem, ainda, outros dados relevantes que são levantados pela equipe, atualmente, com relação à gestão passada.


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