O laudo da perícia realizada na represa que se rompeu em Pontalina indicou que o acidente aconteceu por conta da chuva intensa que caiu na cidade, falta de manutenção e falhas estruturais. O resultado foi apresentado na manhã desta sexta-feira (10), na Secretaria de Segurança Pública.
Conforme aponta o documento, foram registrados 192 milímetros de chuva em 12 horas, o equivalente a 76% esperado para o mês na região de Pontalina.
Além da chuva, caracterizada como volumosa e rara, o laudo cita que a barragem foi construída, provavelmente, sem devido planejamento técnico de engenheiros e mão de obra não habilitada ou, se legalmente habilitada, imperita na atividade. O documento também diz que a estrutura usada para impedir que a represa transbordasse era menor que o necessário e tinha uma adequação que atrapalhava o funcionamento correto dessas estruturas.
Em entrevista coletiva, o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente, Robson Disarz, afirmou ainda que um dos documentos, entre os três necessários para garantir a legalidade da represa, não foi feito.
“É preciso ter a outorga pelo uso da água, que havia. É preciso de uma licença para barramento, que foi dado pelo município. Por fim, o cadastro que é nacional para avaliar riscos e estratégias de fiscalização, que não havia sido feito pelo proprietário”, explicou.
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