A intolerância a lactose muitas vezes é confundida com a alergia ao leite e derivados. No entanto, existe uma diferença muito grande, entre um e outro. De acordo com a nutricionista do Sesc Campinas, Camila Correa Spindler, a intolerância existe tratamento, mas os alérgicos a leite e derivados deve abolir a proteína da sua alimentação.
“A alergia não é alergia a lactose, é uma alergia a uma proteína existente no leite e nos derivados e não da lactose. A lactose é um açúcar, um carboidrato presente no leite, agora, a alergia é uma alergia a proteína presente naquele leite”, esclarece.
Como conta a nutricionista, os alérgicos não podem ingerir nem um traço do leite, já os intolerantes existe uma porcentagem aceita de acordo com cada organismo. A intolerância a lactose é mais comum do que a alergia. “Pesquisas mostram que 70% dos brasileiros tem intolerância a lactose, não a alergia. A alergia é bem menos frequente”, acrescenta.
O que é a intolerância a lactose?
É uma dificuldade parcial ou total na quebra dessa lactose através de enzimas digestivas, que é a lactase. A pessoa já nasce ou ela vai desenvolver uma dificuldade nessa quebra de lactose, nessa produção de lactase, que é a enzima digestiva. Não podemos confundir com a alergia a leite e produtos derivado do leite. A alergia normalmente é uma doença genética, que também pode ser desenvolvida, no entanto, é mais raro. É uma doença que desde quando a criança nasce já é observada e não se pode comer nenhum traço do leite. Mesmo que seja uma bolacha que não tem leite, mas tem o traço do leite já produz sintomas bem mais drásticos do que as pessoas que tem uma intolerância. É bem diferente. A alergia não é alergia a lactose, é uma alergia a uma proteína existente no leite e nos derivados e não da lactose. A lactose é um açúcar, um carboidrato presente no leite, agora, a alergia é uma alergia a proteína presente naquele leite.
Existem tipos de intolerância? Quais são eles:
Existem três tipos: a congénita, que é quando a pessoa nasce com essa deficiência na produção de lactase. A primária, quando ocorre uma diminuição na produção de lactase, durante a vida, em principal na adolescência e na vida adulta. A terceira, a secundária, que normalmente vem como consequência de alguma doença, por exemplo, a síndrome do intestino irritado, então irá desencadear esse dificuldade na quebra de lactose ou na produção de lactase.
A pessoa que tem gastrite, por exemplo, ela pode ter uma deficiência secundária, desenvolvida ao decorrer da vida?
Sim. Você pode desencadear essa diminuição na produção da lactase.
Como identificar a intolerância a lactose?
Eles são identificados através dos sintomas. Eles se consertam principalmente no sistema digestivo, que irá melhora com a interrupção desse consumo da lactose. Distenção abdominal, cólicas, diarreia, flatulências, náuseas, ardor anal e assaduras, pois as vezes ficam mais ácidas, então pode causar até mesmo esse desconforto.
Para ter um diagnóstico é necessário fazer exames?
É preciso fazer exames, quanto para a intolerância a lactose quanto a alergia aos derivados do leite. São feitos vários tipos de exames que podem ajudar nesse tipo de diagnóstico. Hoje, esse exames são muito conhecidos e bem mais acessíveis à população. É necessário fazer exames para o diagnóstico. Caso a pessoa já tenha feito todos exames e não tenha conseguido o diagnóstico, mas tirando os alimentos se sente melhor, de fato tem que abolir a proteína.
Caso a pessoa não se trate e insista em consumir a lactose, o que acontece com ela?
Para as pessoas que tem intolerância a lactose, hoje existe e é vendido nas farmácias a enzima lactase, o que facilita. No entanto, essa enzima não deve ser utilizada indistintamente todos os dias, mas pode ser utilizadas em alguns eventos, como aniversários, casamentos, isso facilita bastante a vida das pessoas que tem a intolerância. Mas para quem tem alergia, realmente não tem como, a pessoa tem que abolir os alimentos. Os sintomas da alergia são mais severos, podem causar problemas respiratórios, gripes frequentes, bronquites e a pessoa pode um dia não suportar, por isso tem que abolir.
Qual o tratamento ideal?
Para a intolerância não é necessário abolir todos os alimentos, a pessoa precisa descobrir a sua tolerância também. Existem pessoas que produz a lactase em menor quantidade, então é preciso ter o equilíbrio para poder ingerir os alimentos e quando necessário, ela poderá comprar o comprimido de lactase e fazer uso. Para quem tem alergia ao leite e derivado, não tem outro tratamento a não ser abolir os alimentos, não tem outra opção e nem remédio. As pessoas tem que se adaptar a uma alimentação diferente, em principal a criança, pois se a criança não fizer isso, os pais não tomarem conhecimento e não forem severos nesse tratamento, a criança pode ter graves prejuízos principalmente na frase de crescimento e desenvolvimento intelectual e cognitivo.
Quais são as consequência para quem descobre a intolerância na vida adulta?
É melhor que isso seja observado na infância, pois a criança não terá severos problemas de desenvolvimento. A criança pode na crescer quanto ela deveria, ficar abaixo do peso, ter problemas de concentração na escola. É importante a descoberta na infância.
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