10 de agosto de 2024
Internet

Rede social Kwai será investigada pelo MPF por suspeita de promover conteúdo falso; entenda

A empresa Joyo Tecnologia Brasil, responsável pela plataforma no país, não se manifestou até o momento
Kwai é uma das redes sociais mais populares do mundo. (Foto: reprodução)
Kwai é uma das redes sociais mais populares do mundo. (Foto: reprodução)

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para investigar a rede social Kwai no Brasil. A informou foi divulgada nesta quinta-feira (18) sob a suspeita de que a plataforma, que é de origem chinesa, esteja promovendo conteúdos e perfis falsos para gerar maior engajamento.

“Há indícios de que postagens na rede com informações inverídicas e apelativas sejam produzidas não por usuários regulares do Kwai, mas pela própria plataforma – diretamente ou por meio de empresas de publicidade por ela contratadas, sem qualquer identificação de sua origem”, disse o MPF, em nota.

O inquérito foi aberto com base em denúncia anônima recebida pelo órgão e também após notícias sobre a estratégia da plataforma. 

Segundo o MPF, a investigação terá três frentes: a suposta criação de perfis falsos de órgãos e autoridades públicas brasileiras no Kwai, como se fossem páginas oficiais; a produção e circulação de notícias falsas na rede social, sobretudo durante a eleição de 2022, com a finalidade de aumentar audiência; e a veiculação de vídeos contendo atos de violência contra mulheres e exposição indevida de crianças e adolescentes.

A empresa Joyo Tecnologia Brasil, responsável pelo Kwai no país, e empresas de publicidade que prestam serviços à plataforma foram oficiadas para prestar esclarecimentos e preservar materiais relevantes para a investigação, como documentos, gravações, vídeos e outros.

É a primeira vez que uma plataforma de rede social é investigada não por intermediar conteúdos falsos, mas por produzi-los diretamente. A responsável pela investigação é a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, que já conduz apurações sobre outras sete plataformas por supostas omissões no combate à desinformação e à violência digital. A Joyo Tecnologia Brasil não se manifestou até a publicação desta notícia. 

Com informações da Agência Brasil


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