O vereador Lucas Kitão (PSD), que já entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o terceiro mandato de Romário Policarpo (Patriota) como presidente da Câmara Municipal de Goiânia, segue confiante em uma mudança na Mesa Diretora, embora a nova ação, movida pelo Pros, tenha o mesmo teor.
Uma recente decisão do ministro do STF Kassio Nunes Marques, do início de outubro, proíbe um terceiro mandato na Câmara Municipal de Salvador, e isso motiva o vereador a acreditar que, em Goiânia, o resultado se repita. Para ele, o caso de Guarulhos é outro.
“Continuo confiante porque a situação de Guarulhos é bem diferente. Lá, está indo para o segundo mandato [o que não é permitido pelo Regimento Interno da Casa]. Prefiro comparar com o caso de Salvador. Acho que tem viabilidade”, afirmou Kitão ao Diário de Goiás.
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Em sua decisão referente à Câmara de Salvador, Nunes Marques argumentou que “a candidatura, em chapa única, de vereador buscando a ocupação do mesmo cargo diretivo em terceiro mandato consecutivo configura vício que macula a eleição da Mesa Diretora inteira”.
Apesar do otimismo, de acordo com Kitão, ainda não há discussões a respeito de quem possa suceder Policarpo no comando da Casa. Um prazo para a eventual nova eleição deve ser especificada na notificação. “O pessoal está evitando se expor porque não tem decisão. É melhor aguardar.”
Impeachment
Vereador de oposição ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Kitão pontuou que considera baixa a chance de impeachment, que tem sido especulado nos bastidores como um passo seguinte à possível queda de Policarpo.
“Nas reuniões que eu participo, ninguém fala disso. Na verdade, só ouvi deles [grupo do prefeito]. Querem contaminar o processo”, disse. Na sua avaliação, se houver uma nova eleição para presidente da Câmara, Cruz tende a ficar neutro. “O prefeito não vai entrar por risco. E se ele entrar e der errado? Só vai entrar se tiver alguém que seja uma ameaça.”
Kitão também declarou que é difícil medir o apoio que o prefeito tem na Câmara atualmente. O líder de Cruz na Casa, Anselmo Pereira (MDB), estima 24 parlamentares, mas, segundo o vereador do PSD, é preciso olhar cada situação separadamente, ou seja, a votação de um projeto não é o mesmo que a eleição de presidente do Poder Legislativo goianiense.
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