26 de dezembro de 2024
Política

Kátia Maria defende Lula para inovar na Presidência e tirar Brasil da crise

Kátia Maria é presidente do PT e candidata ao governo de Goiás. (Foto: Diário de Goiás)
Kátia Maria é presidente do PT e candidata ao governo de Goiás. (Foto: Diário de Goiás)

A pré-candidata ao governo de Goiás pelo PT, Kátia Maria, defendeu nesta quinta-feira (9), durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio 107,3 FM, a manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para inovar na Presidência da República e tirar o Brasil da crise.

Aliado ao avanço que Lula traria ao país de uma forma geral, caso eleito em 2018, Kátia Maria também seguiria os passos do ex-presidente para ampliar o desenvolvimento de Goiás, com objetivo de alcançar melhor distribuição de renda e retorno dos direitos da classe trabalhadora. 

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Leia a entrevista na íntegra:

Kátia Maria: A eleição de 2018 é uma oportunidade para mudança, mas as pessoas vão ter que ter a preocupação sobre a mudança que elas querem fazer no Brasil e em Goiás. Em Goiás nos apresentamos como uma mudança, que do nosso ponto de vista, de verdade. O que temos do outro lado são os amigos do Temer. Por mais que discutam quem vão apoiar para presidente da República, o fato é que todos eles estão no Congresso Nacional aprovando todos os projetos do Temer, o PSDB, o DEM, o MDB, todos os projetos. Aprovaram a Reforma Trabalhista, aprovaram a Lei do Teto, que congela por 20 anos os recursos em Saúde, Educação, Segurança Pública. Todos eles são defensores da Reforma da Previdência, só não aprovaram porque o povo foi para a rua com muita força e eles ficaram com medo do período eleitoral, a Câmara dos Deputados em especial. O candidato do MDB, [Henrique] Meirelles, já falou que se ele for eleito a primeira pauta que ele mandará para o Congresso é a Reforma da Previdência. Então, é importante as pessoas saberem: vai mudar, mas que jeito? E do outro lado, vamos ter o time do Lula, que é o PT e o PCdoB junto, do qual eu tenho a honra de ser a representante desse time em Goiás, como candidata a governadora, tendo professor Nivaldo, respeitado, da Federal, da PUC, como nosso vice. É nessa linha que nos apresentamos, como alguém que quer fazer política pública em Goiás pensando nas pessoas, pensando em justiça social, descentralizando as oportunidades para que o povo mais simples, humilde e trabalhador também possa ter acesso e vez em Goiás e melhorar de vida.

Pergutan: O PT não teria contribuído para que o Brasil chegasse a esse momento, uma vez que referendou Michel Temer na chapa?

Kátia Maria: Acho que o PT referendou ele como vice. Para isso nós referendamos mesmo, para isso nós o colocamos em nossa chapa. Nós não o colocamos para ser, junto com o PSDB e que hoje tem o Alckmin candidato e aqui tem também seus representantes tanto no palanque do DEM quanto no palanque do próprio PSDB, para dar o golpe no povo brasileiro. O golpe não foi contra o PT e contra a Dilma [Rousseff]. O golpe foi para tirar direitos da classe trabalhadora, tanto é que você anda na rua e as pessoas estão sentindo o arrocho que está colocado. Em Goiás ainda tem gente que quer garantir arrochar mais. Então, as pessoas precisam saber qual é a mudança que eles querem fazer para Goiás. A mudança que nós queremos é uma mudança que possa distribuir renda, que possa fazer com que as pessoas possam se emancipar do ponto de vista econômico, social, porque hoje o que estamos vendo é que Brasil voltou para o Mapa da Fome, Brasil voltou para o Mapa da Mortalidade Infantil. Andei o Estado de Goiás inteiro nesse último período e me dói ver os depoimentos que ouvi no nordeste goiano, de ver que as pessoas voltaram a passar fome, famílias dizendo: “Cortaram meu Bolsa Família, era o que eu tinha para alimentar meus dois filhos”. Outro senhor: “Com a alta do gás, eu ganho um salário mínimo e minha família é muito grande, eu sustento minha família com um salário mínimo. Entre o gás e o que por na panela, eu tive que voltar para o fogão a lenha para poder cozinhar”. Essa situação nós não queremos nem em Goiás nem no Brasil e é por isso que o presidente Lula se coloca de novo como nosso candidato a presidente e aqui em Goiás nós teremos um programa com uma gestão integrada onde nós queremos pensar de forma muito responsável, mas também muito participativa, um modelo de desenvolvimento que possa integrar desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade ambiental. Estamos vendo todos os dias a crise ambiental que estamos vivendo. Hoje não está faltando água, mas Goiânia no ano passado ficou sem água. Se o Centro da capital ficou sem água, imagine como ficou a periferia? Faltou e vai faltar de novo. Este ano teremos racionamento de água mais uma vez. O mais grave é que depois de faltar água na torneira vai faltar o alimento porque sem água a gente não produz. Por isso que precisamos pensar em um modelo de desenvolvimento sustentável, onde possamos, ao invés dessa política que temos hoje defendida pelo PSDB, DEM e MDB, que é uma política de concentração de renda, de privilégio das oportunidades para poucos, nós precisamos pensar um modelo que possa descentralizar levando o desenvolvimento local para cada município porque não vai ter Estado forte se os municípios estiverem fracos, e Goiânia para por isso. Porque a medida que os municípios não têm condição de oferecer minimamente a condição de vida para sua população, o fluxo migratório vem para as grandes cidades, que tem sentido o gargalo porque não dá conta de oferecer as políticas públicas para essa população que chega.

Pergunta: Sua candidatura vai trabalhar diretamente com a presidencialização?

Na verdade, nossa candidatura vai trabalhar com a realidade para que o eleitor saiba de verdade o que está acontecendo nessa eleição. Você sabe porque eles não querem levar o debate para o presidencialismo, para ver quem é que vai ser o próximo presidente? Porque eles sabem que todos os candidatos deles hoje estão negativamente avaliados pela população, porque a população entendeu o que foi o golpe, sabe que o PSDB ajudou a articular o golpe, foi o grande articulador do golpe com Aécio, Alckmin, sabe que o DEM, de Ronaldo Caiado, está lá votando, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi um dos articuladores do golpe, sabe que o Michel Temer está no meio dessa jogada inteira porque era o vice, queria dar o golpe e assumir, e juntou com esses partidos. Mas mais que isso, a população hoje sabe e as pesquisas mostram e quem está andando e conversando com o povo sente isso de forma muito nítida, que esse pessoal, os amigos do Temer, e não adianta chegar aqui em Goiás falando que não é, porque basta pegar o que eles votaram no Congresso.

– Você confrontará isso em possíveis debates?

Vamos mostrar a realidade para o eleitor. O eleitor precisa ficar sabendo quem são. Não adianta chegar aqui falando que vai melhorar a saúde ou a segurança pública em Goiás se votaram a PEC que congela por 20 anos os investimentos em Saúde, Educação. Em Goiás, o PSDB editou a mesma regra. Por 20 anos, eles terão que esperar cinco mandatos para começar a fazer o que eles estão prometendo nesta eleição. é importante o ouvinte saber disso. Quem tem condição real de melhorar a saúde, a segurança pública, educação somos nós do PT. No governo do presidente Lula, só em Goiás construímos 1.422 mil Unidades Básicas de Saúde e nossos representantes, deputado Rubens Otoni, eu, estavam em Brasília dizendo “Precisa mandar mais Unidade Básica de Saúde para Goiás, precisamos construir mais UPA, precisamos melhorar a saúde de Goiás”. Trouxeram mais de 700 médicos do Mais Médicos para 166 cidades e nós achando que precisava melhorar mais. Agora eles vão dizer que vão melhorar a saúde com 20 anos de congelamento dos gastos nessas políticas? Não vão. Nós queremos descentralizar o serviço de saúde para desafogar Goiânia, para dar qualidade para quem venha ser atendido, mas para garantir uma política de Saúde humanitária para quem está lá na ponta, para quem está nas dez regiões de planejamento do Estado de Goiás, podendo garantir uma qualidade do atendimento.

– Esse discurso contra partidos que fizeram o golpe vale para Goiás ou outros estados?

Cada estado tem sua realidade. Estou discutindo a realidade de Goiás que tem, claro, uma conjuntura nacional, e dentro da realidade de cada estado os partidos vão se articulando. Se você pegar isso, está em todas as frentes. É como eu disse: a eles não interessa dizer se vão fazer campanha para presidente. Você sabe que o presidente deles é aquela figura que representa o Michel Temer, a figura que está aliado no Congresso Nacional, e cada partido, dentro de sua realidade local, dentro do Estado, vai fazer aliança com quem acham que devem. Por exemplo, nós temos o Requião, que é do MDB, mas que tem uma postura completamente diferente. Então, cada cidade, cada estado tem uma conjuntura diferente e os partidos se articulam a partir desse posicionamento.

– Meirelles foi auxiliar no governo Lula. O que aconteceu de lá para cá?

O presidente Lula era o coordenador da proposta. Hoje não. Hoje ele faz aquilo que ele foi colocado para fazer, ser o braço do mercado para tirar direitos da classe trabalhadora e fazer com que a concentração de renda no Brasil possa avançar: quem tem mais fica com mais, quem já tinha pouco está perdendo o pouco que tinha. O Meirelles não fez o que quis quando foi ministro do presidente Lula. Quem coordenou a política foi o presidente Lula. Não foi fantoche, foi um auxiliar que seguiu as orientações do seu presidente.

– Houve negociação com o MDB Goiás para aliança?

Nós tivemos uma conversa lá atrás e colocamos que iríamos fazer aqui aquilo que pudesse ajudar em nosso projeto nacional com o presidente Lula, mas não teve. Foi uma conversa apenas entre eu e o deputado Daniel Vilela, onde nós levamos para a Executiva e falamos que aqui em Goiás não tinha ambiente para fazer aliança com o MDB. Fora disso, não teve outra conversa. Foi mais do jogo político e democrático de que as pessoas podem conversar, mas não como uma atuação entre direção e direção. A conversa foi lá atrás. No início do ano nós falamos: não tem aliança. Foi por isso que começamos a fazer nossa articulação.

– Maguito informou que tinha muito interesse nessa aliança.

É, mas para fazer uma aliança os dois têm que ter interesse, e não interessou ao PT caminhar junto com o MDB aqui em Goiás. Não adiante falar que é o novo, novas ideias com a cabeça do século passado, aprovando a Reforma Trabalhista, da qual o Daniel Vilela foi um dos responsáveis na Câmara Federal por aprovar. Então, não adianta falar em novas ideias com mentalidade antiga, tirando direito da classe trabalhadora.

– Inovação e renovação é um discurso que quase todos os candidatos têm. Qual sua avaliação?

Se a população entender que rasgar a CLT, como eles rasgaram, tirando direitos da classe trabalhadora adquiridos por mais de 40 anos foi inovação, tudo bem. Para mim não é. Inovação é garantir os direitos e pensar como é que vamos potencializar a economia para gerar mais trabalho e mais renda. Eles fizeram todo um discurso dizendo que aprovar a Reforma Trabalhista iria melhorar a economia e ampliar o emprego. Mas o desemprego aumentou. Para mim, isso não é inovação, é mentalidade atrasada com postura e ações que privilegiam o grande empresário e que massacram a classe trabalhadora. A mudança que eu quero é a mudança de verdade, que possa, com a descentralização das oportunidades, da criação de trabalho e renda em cada região para que as pessoas não precisem sair de sua região e poder buscar emprego e educação nas grandes regiões, que é o que chamamos de desenvolvimento local sustentável, possa se estabelecer, criar a sua condição de emancipação do ponto de vista econômico e social. Não tem nada mais digno do que chegar no final do mês e a pessoa saber que ela tem o salário para administrar do jeito que entende que é a melhor forma. Isso, para mim, é inovação, é moderno, é a mudança que o povo quer de verdade. No mais, o que nós vimos foi só arrocho, retirada de direitos, não avançou em nada em nossa economia, o que fez foi piorar e o povo está sentindo. A vida do povo antes do golpe era uma coisa e depois do golpe é outra. E eu estou andando e as pessoas estão falando isso. é por isso que estamos apresentando um modelo de gestão integrada, onde possamos pensar o desenvolvimento econômico nessa linha de descentralizar a oportunidade para gerar emprego – e na época do presidente Lula nós fizemos isso. O presidente Lula aqueceu a construção civil. Você andava no interior, podia ser a menor cidade, as lojas de materiais de construção, tinham algumas que era até difícil andar na calçada porque estava pujante.

– Qual a estratégia do PT para tentar manter Lula como candidato a presidente?

O PT está muito decidido, o próprio Lula falou: Quem está achando que a estratégia de por Haddad e Manuela junto é sinalizando que não é candidato está equivocado. O PT vai registrar o presidente Lula dia 15, a legislação eleitoral permite, não queremos privilégio para o presidente Lula. Nós queremos que a lei, que habilitou mais de 300 prefeitos nessa mesma condição em 2016, possa valer para Lula e nós levaremos até as últimas instâncias. A candidatura do presidente Lula é real, para valer e a Justiça brasileira vai ter que dizer se ela vai manter a Constituição ou se faz vai fazer parte do golpe, rasgando aquilo que a legislação permite.

– Isso seria um direito natural que também teria Eduardo Cunha, Antonio Palocci?

Enquanto a nossa Constituição garantir o direito da presunção da inocência, como é no artigo 5º, que a pessoa tem direito de recorrer dependendo da tipificação do crime, se ele tem prova ou não tem – no caso do Lula, não tem – é claro no processo que eles falam: Estamos fazendo pela convicção. No Brasil, o Direito Constitucional não tem convicção. É prova, materialidade. Não tem. Se eles acharem a materialidade, nós retiramos a candidatura do Lula do outro dia. Agora, se não achar a materialidade está garantido a ele o direito da presunção da inocência, de recorrer em liberdade, de ser candidato e fazer aquilo que o povo está pedindo. O povo está mostrando na pesquisa, o povo quer o Lula de novo.

– Como o eleitor verá Lula se não participar dos debates, com restrição de liberdade?

Com toda certeza, isso é um prejuízo para o Brasil, não para ele. Porque as pessoas estão sendo cerceadas de poder ver o próprio Lula apresentar suas propostas. Então, o que estamos lutando é para que ele esteja em liberdade, possa participar da campanha, dos debates, possa debater com a população brasileira o nosso projeto de sociedade para o Brasil. Agora, não tendo a liberdade dele, pode ter certeza, a campanha vai continuar do mesmo jeito, com milhões de Lulas esparramados em todo o Brasil, sendo a voz, as pernas, andando, dialogando. As pesquisas mostram e o povo já entendeu, mesmo sem ele participar da campanha eleitoral, ele é o grande líder desta eleição.

– Sua candidatura é só para alavancar Lula?

Claro que todos os partidos pensam como é que são os palanques estaduais, isso é correto e todo mundo está se articulando. Agora, nossa campanha em Goiás é para ganhar o governo, para tirar Goiás do atraso que está colocado porque esses três candidatos que estão aí representam 50 anos de domínio da política do nosso estado. Se alguém tem dúvida, na verdade, eu preciso do presidente Lula muito mais do que ele de mim. Ele tem 30% na última pesquisa que saiu agora esta semana. Então, eu é que preciso que aquele eleitor que entende que o presidente é o melhor para o Brasil possa ter a consciência que não adianta ser o Lula sozinho, tem que levar o time do Lula para não ficar desguarnecido e não ficar a política nacional de um lado e a política nacional de outro. Por isso que estamos andando o Estado de Goiás inteiro com um projeto sintonizado porque nós queremos fazer aqui em Goiás tudo aquilo que o presidente Lula fez para o Brasil, que foi melhorar a vida do povo com distribuição de renda, dando condição para o acesso à universidade, ao carro e moto, a uma saúde melhor, para que o pequeno produtor possa ter a luz no campo. Então, é isso que nós queremos fazer aqui, queremos ser o time do presidente Lula para junto, com ele na Presidência e eu como governadora de Goiás, podermos fazer um projeto sintonizado e que possa privilegiar todo o povo de Goiás, em especial o povo mais simples, humilde e trabalhador.

– O PT Goiás não estaria focando só na Presidência?

Eu tenho orgulho do meu candidato a presidente, ele tem um legado que eu quero seguir aqui em Goiás. Quero dizer que o presidente Lula fez um grande governo e, que sendo eleita governadora, vamos trilhar o mesmo caminho que ele nos ensinou, que é cuidar do povo. Diferentemente dos outros, que estão todos tentando esconder seus presidentes. Então, não tenho motivo nenhum para esconder meu presidente da República, que é o Lula. Vou fazer isso em todos os lugares que for, com muito orgulho, até porque será com o ensinamento que ele nos deu que nós vamos governador o Estado de Goiás.

– Quando você se referiu aos que representam 50 anos de poder em Goiás, a senhora não viu nenhum avanço no Estado?

Não vou dizer que não tem avanço nenhum. Tem. Agora, o retrocesso que estamos vivendo nesses últimos dois anos é muito acentuado e a responsabilidade é direta desses três partidos que se articularam com o presidente da Câmara, presidente do Senado e vice-presidente, mais o que perdeu a eleição, que foi o Aécio, para dar um golpe no povo brasileiro. Se nós olharmos, Goiás poderia ter avançado muito mais. Eu disse, por exemplo, na saúde construímos 1.422 Unidades Básicas de Saúde. Nos últimos 50 anos, quantas Unidades Básicas de Saúde foram construídas em Goiás? Tenho certeza que não vai chegar nesse número porque eu ando o Estado de Goiás e sei a carência que as pessoas têm, onde você chegava ao município e se tivesse um postinho [de saúde] é muita coisa. Hoje, todo mundo tem uma, duas, três UBS.

– Em um eventual segundo turno, quem o PT apoiaria?

Vamos trabalhar para estar no segundo turno e ganhar as eleições. Estamos enxergando que existe um campo aberto, pela pesquisa Serpes, 70% do eleitorado ainda não sabe em quem vai votar e se não sabe não é por falta de ter conhecimento dos que já estavam. A nossa candidatura foi colocada agora, a menos de 90 dias e nós vamos nos apresentar no debate político, no programa eleitoral de rádio e TV, continuando andando o Estado de Goiás para nos posicionar, ir para o segundo turno e vencer as eleições.

Veja entrevista:

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