O senador Jorge Kajuru (Podemos) disse, em entrevista à revista Crusoé, publicada nesta sexta-feira (11/11), que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, “fez um belíssimo trabalho à frente” da Corte durante as eleições presidenciais.
“Se você for minimamente honesto, tem que reconhecer que o Alexandre de Moraes fez belíssimo trabalho à frente do Tribunal Superior Eleitoral. Isso é inquestionável”, disse o senador, que chegou a organizar um abaixo-assinado pelo impeachment do magistrado. O parlamentar, no entanto, reconhece que, agora, “não há mais argumentos”.
Questionado sobre “os episódios de censura promovidos pelo TSE sob o comando de Moraes”, Kajuru, então, fez uma ressalva. “Eu estava falando do trabalho dele em relação aos candidatos à Presidência. Mas se quiser falar das decisões dele em relação à imprensa, evidentemente eu não concordei. Sou contra qualquer tipo de censura, até porque eu já fui vítima dela.”
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“Eu tive a minha rádio, em Goiás, cassada em 2002. Então é evidente que, em relação à imprensa, o ministro Alexandre de Moraes cometeu erros e exageros. Para mim, a melhor maneira de lidar com a imprensa é o seguinte: não gostou, entra na Justiça, processa o jornalista, pede o direito de resposta e acabou. É isso”, acrescentou.
Na entrevista, o senador também comentou sobre as negociações do presidente eleito, Lula (PT), com o chamado Centrão e aproximação entre alguns bolsonaristas e o petista. “O problema é que se Jesus Cristo for eleito presidente, ele vai ter que negociar com o Centrão. Senão, ele não vai ter maioria na Câmara. Essa é a realidade.”
“Vai ficar [na oposição] o pessoal do Bolsonaro e mais alguns simpatizantes dele. Mas uma boa parte dos bolsonaristas já está procurando o PT. E isso inclui até bolsonarista doente”, declarou Kajuru, que citou especificamente o nome do senador Vanderlan Cardoso (PSD), cujo partido tende a compor a base de Lula.
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