14 de setembro de 2024
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Justiça quebra sigilo de 11 ex-funcionários de gabinete de Carlos Bolsonaro

Foto: Agência Brasil.
Foto: Agência Brasil.

Juiz responsável pela autorização da quebra do sigilo fiscal do vereador Carlos Bolsonaro, Marcello Rubioli — da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) — também teria autorizado o afastamento do sigilo dos registros de chamadas telefônicas e dos metadados de outros 11 ex-funcionários do vereador.

De acordo com reportagem do UOL, numa decisão de 24 de maio deste ano, o juiz autorizou as medidas após identificar, no pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado”.

O juiz teria dito ainda que Carlos é “citado diretamente como chefe da organização”. O caso é investigado pela 3ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), que apura a existência da prática de rachadinha e de nomeação de funcionários fantasmas para a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

Com a decisão da justiça, os investigadores poderão agora obter os dados armazenados nos celulares de um grupo de 11 ex-assessores do gabinete de Carlos Bolsonaro. Serão identificados o histórico de chamadas telefônicas efetuadas e recebidas, dados cadastrais, de conexão com Wi-Fi, de localização e das antenas que tenham sido utilizadas pelos investigados enquanto trabalharam na Câmara do Rio, em períodos entre 2005 e 2019.

Sete pessoas que são investigadas são familiares de Ana Cristina Siqueira, ex-mulher de Jair Bolsonaro. Ana foi chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro de 2001 a2008.

Ainda de acordo com a decisão do juiz, a quebra do sigilo telefônico dos ex-assessores é “juridicamente viável e necessária”, pois os dados “podem conter informações a respeito da organização criminosa supostamente por eles integrada” e possibilitar a “identificação de outros criminosos e a descoberta dos ilícitos” cometidos em meio às atividades dos indivíduos, que estão “supostamente envolvidos em crimes de notória gravidade”.

Após a decisão do magistrado se tornar pública, o vereador Carlos Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.


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