A Justiça Estadual, acatando a argumentação do Ministério Público de Goiás (MPGO), prorrogou os quatro mandados de prisão temporária expedidos na primeira fase da Operação Multigrana, que investiga a atuação de uma organização criminosa instalada na Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) e que desviava dinheiro oriundo da venda de ingressos nos Parques Mutirama e Zoológico. A decisão foi tomada no último sábado (27). O prazo de cinco dias das ordens de prisão venceria no fim de semana.
Com o cumprimento de outros quatro mandados de prisão temporária na sexta-feira (26), na segunda fase da operação, já são oito os investigados detidos na ação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPGO (Gaeco) e pelo Centro de Inteligência.
Na primeira etapa da Operação Multigrana, no dia 23 de maio, foram cumpridos, além dos mandados de prisão, 5 mandados de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.
De acordo com o MPGO, até o momento, foi apurado que a organização criminosa aproveitava-se da dificuldade de monitoramento dos valores, pagos sempre em dinheiros nas bilheterias, e atuava de dois modos principais: caso os bilhetes já utilizados fossem descartados de forma intacta eram reaproveitados e “vendidos” novamente.
Em outra hipótese, se os ingressos foram rasurados ou rasgados, fazia-se uma duplicação e reimpressão desse ingresso, devolvendo para o caixa, para contabilização do dinheiro a menos.
Nos dois casos, os valores com a segunda venda dos bilhetes ficavam com o grupo. Estimativas iniciais apontam que a organização desviava cerca de R$ 60 mil por fim de semana de funcionamento, o que resultava em aproximadamente R$ 3 milhões por ano, somente no Parque Mutirama.
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