O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou a prisão preventiva da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sergio Cabral (PMDB-RJ), preso pela Operação Calicute. A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal.
Quando a operação foi deflagrada, em novembro, Bretas havia negado o pedido de prisão de Ancelmo. “Ocorre que, segundo o órgão ministerial, o aprofundamento das investigações revelou que Adriana Ancelmo, na verdade, ocuparia posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido”, justificou o juiz, na decisão desta terça (6).
Segundo a Procuradoria, ela seria uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por Cabral, usando seu escritório de advocacia e “verdadeira fortuna em joias de altíssimo valor”.
Além da prisão preventiva, o juiz autorizou busca e apreensão na casa de Ancelmo, para o recolhimento de documentos, mídias e outras provas, assim como joias, pedras preciosas, objetos de arte e valores em espécie acima de R$ 30 mil ou US$ 10 mil.
Preso desde o dia 17 de novembro, Cabral e outros 15 investigados pela Operação Calicute foram denunciados na semana passada à Justiça pelos crimes de corrupção passiva e ativa, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros. Cabral e sua mulher negam envolvimento em irregularidades.
(Folhapress)
Leia mais:
- Polícia Federal indicia Sérgio Cabral, ex-primeira-dama e mais 14
- Empresas ligadas a Cabral receberam sem prestar serviço, diz dono de resort
- PF apresenta joias apreendidas na casa dos presos na Operação Calicute
- Cabral e operadores usavam nomes falsos em registro de telefone
- Justiça encontra R$ 10 mi em conta de ex-primeira-dama; Cabral tem R$ 454
Leia mais sobre: Brasil