22 de novembro de 2024
Cidades

Justiça julga indenização de R$200 milhões do governo de Goiás para Magda Moffato

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, sede do Setor Oeste (foto divulgação)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, sede do Setor Oeste (foto divulgação)

A 5a Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) deve retomar nesta quinta, 21, o julgamento do recurso do Governo de Goiás contra indenização de R$200 milhões de reais em processo movido pela deputada federal e empresária Magda Moffato (Sócia do Grupo Thermas de Roma, de Caldas Novas). O processo é um dos mais discutidos dentro do Poder Judiciário, pois, de devedora de um empréstimo que pegou no antigo BD (Bando de Desenvolvimento), na década de 90, ela conseguiu virar uma credora.

A ação foi iniciada em 1991 e a ação de execução de sentença em 2003 sendo que o Estado de Goiás incorporou o ativo e o passivo do banco em outubro de 1999. A última manifestação do governo goiano no processo é datada de 12 de março pelo procurador Alexandre Felix Gross nas razões finais em que solicita a cassação da decisão que será julgada.

No processo movido pela deputada, ela alega que a demora na concessão do empréstimo impediu a construção de um empreendimento, portanto, na primeira decisão, o juiz Ari Queiroz deu vitória à ela na ação para sanar um suposto prejuízo com a não construção do empreendimento. No meio jurídico empresarial, o processo é apelidado de “um hotel imaginário de lucros infinitos”, pois considera que a receita não conseguida seria um dano causado à empresária.

Direito de defesa

A procuradoria do Estado de Goiás tem contestado, ao longo do tempo, a decisão dada pelo juiz que, segundo dados divulgados pelo jornal O Popular em 13/03/19, tem parentesto com a deputada e, por isso, inclusive, foi afastado do exercício do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Estado de Goiás não teve garantido o direito de defesa na execução apresentada na sentença do juiz de primeiro grau. O magistrado entendia que o Estado não era parte do processo, pois o BD era do governo goiano e asssumiu seu passivo. O Ministério Público tem manifestado, desde o início do processo, em favor do não pagamento desta indenização, contra a decisão do juiz.
Julgamento

No último julgamento, o desembargador Gildon Soares Lemes pediu vistas do processo. Na última sessão, ele alterou o ponto de vista dado na sessão anterior da Câmara quando deu pelo não pagamento do valor pedido pela deputada e havia determinado o retorno do processo para o primeiro grau. Ele mudou de opinião na sessão da semana passada e, estranharam os procuradores do Estado, sem ter apresentado um fato que comprovasse que o Estado teve o seu direito de defesa garantido.

 


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