27 de agosto de 2024
Atenção

Justiça do Trabalho irá deliberar frota mínima durante greve dos motoristas em Goiânia e região, explica advogado

Transporte coletivo na Região Metroplitana pode parar a partir da próxima sexta-feira (30) (Foto: Divulgação)
Transporte coletivo na Região Metroplitana pode parar a partir da próxima sexta-feira (30) (Foto: Divulgação)

O advogado do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (Sindicoletivo), Nabson Santana Gomes explica em entrevista ao Diário de Goiás, que a Justiça do Trabalho irá deliberar sobre a quantidade mínima de ônibus que as empresas do transporte coletivo poderão operar durante o período de greve prevista para ter início na próxima sexta-feira (30).

A entrevista foi concedida após a maioria dos motoristas optarem pela greve na manhã desta terça-feira (27/06), após o fracasso das negociações com o Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana (SET). As condições oferecidas pelas empresas desagradaram a categoria que anunciaram o indicativo de greve. Ouça a entrevista na íntegra abaixo:

Nabson Santana Gomes explica que haverá uma última tentativa de conciliação entre as partes em uma audiência que ocorrerá amanhã às 15 horas no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. “Amanhã eles terão essa oportunidade para que a gente possa evitar a greve. Se for necessário, no entanto, iremos para a greve”, explicou ao Diário de Goiás.

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Motoristas se reuniram na manhã desta terça-feira (27) nas proximidades do Terminal Padre Pelágio. (Foto: Domingos Ketelbey/Diário de Goiás)

Leia a entrevista na íntegra com o advogado do Sindicoletivo, Nabson Santana Gomes:

Domingos Ketelbey: Com o indicativo de greve aprovado agora, quais são os próximos passos?

Nabson: O primeiro passo foi o edital com o prazo de 72 horas. Agora a deliberação da greve com o mesmo prazo. Estamos aguardando todos os trâmites que exigem a lei de greve. Amanhã haverá uma audiência na Justiça do Trabalho para uma tentativa de acordo anterior à greve. Se não houver, sexta-feira entraremos em greve a partir das 10 horas da manhã, quando transcorrer as 72 horas necessárias que exige a legislação.

Domingos Ketelbey: Como se dará a operação das empresas no atendimento ao usuário durante o período de greve?

Nabson: Haverá essa audiência para estabelecer a frota mínima. A Justiça do Trabalho que vai deliberar sobre isso.

Domingos Ketelbey: Porque chegou a esse ponto?

Nabson: Infelizmente é a posição dos empresários que não apresentaram uma resposta satisfatória aos trabalhadores ainda. O Sindicato sempre priorizou o diálogo pois sabemos que a greve prejudica a população trabalhadora e queremos que os empresários façam uma proposta justa. No Tribunal amanhã eles terão essa oportunidade para que a gente possa evitar a greve. Se for necessário, no entanto, iremos para a greve.

Leia a posição do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana (SET):

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET) viu, com surpresa, a decisão de parte da categoria dos motoristas em fazer a paralisação, uma vez que as negociações ainda estão em andamento. As empresas não foram comunicadas oficialmente desta definição, souberam por meio de divulgações na imprensa.

O SET lamenta a decisão dos motoristas que, mesmo com a abertura das empresas para concessão de aumento salarial acima da inflação e com ganhos reais, tomem a decisão de prejudicar a população.

O sindicato continua à disposição da imprensa e estará presente em mais uma reunião de negociação, marcada para a tarde desta quarta-feira (28) com o TRT.


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