10 de agosto de 2024
Destaque 2

Justiça do Paraguai nega prisão domiciliar a Ronaldinho

Ronaldinho e irmão ficaram sob custódia em hotel. (Foto: Ministério Público do Paraguai)
Ronaldinho e irmão ficaram sob custódia em hotel. (Foto: Ministério Público do Paraguai)

A Justiça do Paraguai negou nesta terça-feira (10) o pedido de transferência para prisão domiciliar que a defesa do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, apresentou na segunda-feira (9).

Segundo o jornal ABC Color, o juiz Gustavo Amarilla alegou que os brasileiros não comprovaram possuir um imóvel no país que sirva como garantia da fiança. E que há o risco de os dois deixarem o Paraguai antes da conclusão da investigação.

Ronaldinho e Assis permanecerão presos em caráter preventivo em uma cela especial da Polícia Nacional, em Assunção, onde estão desde a última sexta-feira (6), acusados de uso de documentos adulterados. A Agência Brasil não conseguiu contato com os representantes legais do ex-atleta e de seu irmão no Brasil e no Paraguai.

O Ministério Público (MP) do Paraguai também determinou a prisão de três funcionários públicos citados na investigação da concessão de documentos paraguaios adulterados para Ronaldinho, Assis e para o representante do ex-jogador no país vizinho, Wilmondes Sousa Lira.

Em nota, o MP informou que os promotores ordenaram a prisão de José Gustavo Molinas, Shirley Delvalle e de Rosa Carolina Miranda. Segundo veículos de imprensa locais, como ABC Color e Hoy, os três trabalham no Departamento Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac) e no Departamento-Geral de Migrações.

Também por determinação dos promotores, um outro funcionário do Dinac, Jorge R. Villanueva Torales, foi detido ontem à noite. Todos os quatro suspeitos ficarão à disposição da Unidade Fiscal de Crimes Organizados, especializada na investigação de delitos transnacionais como a lavagem de dinheiro, narcotráfico, tráfico de pessoas e outros ilícitos.

Além disso, os promotores solicitaram a prisão preventiva da empresária Dalia Angélica López Troche, cuja prisão já tinha sido determinado na semana passada. O MP suspeita que Dalia integre uma “organização criminal estruturada de forma a facilitar a elaboração e a utilização de documentos de identidade e passaportes com conteúdo falso, com a participação de servidores públicos e empregados de empresas privadas”. De acordo com o MP, o esquema seria usado para permitir aos envolvidos obter vantagens “gerando negócios jurídicos e benefícios patrimoniais”.

Foi Dalia quem, segundo o MP, obteve os passaportes e as cédulas de identidade que a Polícia Nacional originalmente expediu para María Isabel Gayoso e para Esperanza Apolonia Caballero Coronil, e que, posteriormente foram adulterados com a inclusão dos nomes de Ronaldinho e de seu irmão, apresentados como cidadãos naturalizados paraguaios.

María Isabel e Esperanza Apolonia foram detidas na semana passada. Por determinação do MP, também foi detido o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, apontado como representante legal do ex-jogador no Paraguai. Lira também recebeu passaporte e cédula de identidade adulterada. De acordo com o MP, foi Dalia quem entregou à mulher de Lira os documentos adulterados de Ronaldinho, Assis e de Lira.

*-Com informações da Agência Brasil


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