Por determinação da Justiça Eleitoral, a pesquisa do Instituto Veritá para a prefeitura de Anápolis, divulgada no último dia 12 de setembro, está com divulgação suspensa sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. Conforme a juíza da 144ª zona eleitoral de Anápolis, Edna Maria Ramos da Hora, o levantamento apresentou duas inconsistências na pesquisa: apresentação de lista de nomes na área destinada à resposta espontânea, e, a ausência de apresentação do questionário completo.
Na decisão, a magistrada argumentou: “A pesquisa espontânea tem como objetivo aferir o conhecimento e a preferência dos eleitores sem qualquer tipo de estímulo ou sugestão. A apresentação de uma lista de candidatos nesse contexto pode direcionar as respostas e distorcer os resultados, comprometendo a fidedignidade da pesquisa”, considerou.
A decisão judicial refere-se a uma Representação Eleitoral apresentada pela Coligação Amor por Anápolis, composta pela Federação PT/PV/PCdoB e pela Rede e o PSOL, contra o Instituto Verita Ltda. A coligação detectou que a pesquisa apresentou a inclusão de uma lista de candidatos na pergunta de resposta espontânea, o que comprometeria a natureza da pesquisa e poderia influenciar as respostas.
Apesar de ter sido divulgada no dia 12 de setembro, a juíza ainda considerou que a continuidade de sua divulgação e a possível utilização de seus resultados em propaganda eleitoral “podem causar danos ao processo eleitoral, influenciando indevidamente a opinião dos eleitores com base em dados potencialmente viciados”. Com efeito, Edna Maria acolheu o pedido da coligação e determinou a suspensão da divulgação, além da multa diária.
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