11 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:52

Justiça determina internação de jovem que matou colegas de sala em Goiânia

A juíza Mônica Cézar Moreno Senhorello, determinou na noite deste sábado (21), durante plantão na comarca de Goiânia, a internação do adolescente que matou dois colegas de sala e deixou outros quatro feridos, em uma escola particular da cidade. Inicialmente, a internação tem prazo de 45 dias.

As informações foram confirmadas pela assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás. A magistrada não divulgou o inteiro teor da decisão nem o local onde o suspeito deverá ficar internado. O adolescente deverá se apresentar ao Juizado da Infância e Juventude na segunda-feira.

A decisão acata pedido do promotor de Justiça Cássio de Sousa Lima. Como o garoto é menor de idade, a punição máxima é de três anos de internação, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Sousa Lima ouviu o adolescente e o pai dele na tarde deste sábado. A mãe passou mal na sexta-feira e está internada desde então, por isso ainda não foi ouvida.

O promotor disse que o rapaz estava tranquilo, mas demonstrou arrependimento pelo que fez. Ele afirmou ainda que o pai estava “consternado”.

O caso

Segundo a polícia, o adolescente se inspirou em duas outras tragédias envolvendo atiradores em escolas massacre de Columbine, em 1999, nos EUA, e o de Realengo, em 2011, no Rio de Janeiro.

De acordo com a investigação, o estudante usou uma pistola.40 da mãe que, assim como o pai, é policial militar em Goiás.
Investigadores dizem que o adolescente esvaziou um carregador e deu mais um tiro de um segundo carregador. O adolescente disse à polícia que ninguém o tinha ensinado a atirar.

A polícia afirma que ao menos 11 tiros foram disparados.

O menino disse à polícia que matou os colegas porque sofria bullying. Gonzaga Júnior não quis entrar em detalhes, mas colegas disseram que ele era chamado de “fedorento” por não usar desodorante.

A polícia informou que o adolescente foi contido pela coordenadora da escola. Ele também apontou a arma para a própria cabeça, mas ela o convenceu a não disparar.

Ele então atirou no chão e pediu para que a profissional chamasse a polícia.

A polícia disse que ele travou a arma, mas não a entregou à coordenadora, que o levou à biblioteca e chamou a polícia.

Os dois meninos mortos foram enterrados na manhã deste sábado. (Folhapress)

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