O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu de 439,8% ao ano em outubro para 440,5% em novembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). No parcelamento da fatura, a taxa média passou de 178,0% para 181,2% ao ano no mesmo período.
Considerando o custo total do cartão de crédito, que reúne operações do rotativo e do parcelado, a taxa média avançou de 90,2% (dado revisado, ante 90,1%) para 91,2% ao ano.
Apesar dos percentuais elevados, o BC esclarece que os números não indicam descumprimento da lei que estabelece teto para os juros do cartão. Desde janeiro de 2024, está em vigor a regra aprovada pelo Congresso Nacional que limita juros e encargos do rotativo e do parcelado a, no máximo, 100% do valor principal da dívida.
De acordo com o Estadão, as taxas divulgadas pela autoridade monetária resultam de um cálculo estatístico. Para chegar aos percentuais anuais, o BC extrapola os juros cobrados mensalmente pelas instituições financeiras, o que pode inflar o número final.
Na prática, esse juro anualizado raramente se concretiza, já que a maioria dos consumidores permanece no rotativo por poucos dias ou semanas. Mesmo assim, o Banco Central informou que não pretende interromper a divulgação da série histórica, utilizada como referência para acompanhar a velocidade de alta ou queda dos juros e para compor o cálculo do custo médio do crédito no sistema financeiro.
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