O juiz Lourival Machado adiou para 2 de maio o júri do caso Valério Luiz. A primeira sessão ocorreria nesta segunda-feira (14), quase dez anos depois do assassinato do jornalista, em 2012.
A decisão foi tomada porque houve troca na defesa de Maurício Sampaio, apontado pela polícia como mandante do crime. Ney Moura Teles, que era o advogado do empresário, deixou o caso na última sexta-feira (11). Thales Jayme assumiu e pediu prazo de dez dias para analisar o processo. O magistrado então atendeu o pedido da defesa.
Esta é a terceira vez, no período de dez anos, que o julgamento é adiado. O juiz Lourival Machado explicou que o advogado estava acompanhando Sampaio desde 2012 e protocolou o pedido de renúncia às vésperas do júri.
“Isso não é conduta processual. Mas, de toda forma, já marquei a sessão daqui a 45 dias. Podem ter certeza que, de uma forma ou de outra, vai ser realizada”, disse em entrevista coletiva.
Jayme, novo advogado de Sampaio, garantiu que não houve manobra para beneficiar os réus. “De forma alguma. Temos todo interesse em julgar os réus e dar uma resposta à sociedade. Nós, advogados, também temos esse compromisso”, destacou. Ele também defende Ademá Figueredo Aguiar Filho, apontado como o executor do crime.
O tribunal do júri vai avaliar a culpabilidade de cinco réus no processo. Além de Maurício Sampaio, tido como mandante, são julgados o sargento da Polícia Militar, Ademá Figueredo Aguiar Filho, suposto atirador; Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier são apontados como articuladores do crime.
A defesa de todos os acusados nega que eles tenham cometido o crime.
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