Com muito sofrimento e uma dose exagerada de emoção. Foi assim que o Brasil garantiu sua classificação às quartas-de-final em cima do Chile. A partida foi até a prorrogação empatada em 1 a 1 , com gols de David Luiz e Aléxis Sánchez. O jogo foi muito duro, equilibrado, com cara de clássico sul-americano. Porém, nos pênaltis, brilhou a estrela de Júlio Cesar, que defendeu dois pênaltis. A trave esquerda do goleiro brasileiro também foi bem, e deu ao Brasil a classificação.
1°Tempo
O jogo começou com as duas equipes bem nervosas em campo. Em apenas três minutos, quatro faltas foram feitas. Três pelo Brasil e uma pelo Chile. A bola praticamente não rolava com o jogo bastante pegado. Somente aos cinco minutos veio uma jogada lúcida: No rebote do escanteio, Marcelo fez o drible a bateu bem de fora da área, a bola passou raspando a trave.
O Brasil seguiu pressionando e aos 12 minutos apareceu um lance controverso. Hulk tabelou com Oscar e entrou sozinho na grande área. A marcação vem por trás e derruba o atacante brasileiro, porém, o árbitro manda a jogada seguir normalmente. Aos 18 minutos o Mineirão explodiu em festa: David Luiz escora cobrança de escanteio e inaugura o placar: 1×0.
O gol passou toda a responsabilidade para os chilenos, que passaram a buscar mais posse de bola e jogar em profundidade para tentar chegar ao gol brasileiro. Porém, com a dura marcação, o jogo continuava bastante pegado, com entradas duras e muitas paralisações. Mas, em jogada isolada, o Chile chegou ao empate com ajuda da zaga brasileira:
Marcelo e Hulk não se entenderam na cobrança de lateral, Vargas roubou a bola e passou para Sanchéz, livre na grande área, receber com tranquilidade e bater cruzado: 1×1. A defesa brasileira estava desatenta no lance e permitiu o empate. Depois disso, a partida ficou mais franca, com boas chances para ambos os lados, mas nenhuma foi aproveitada e ficou no 1 a 1 o primeiro tempo.
Agonia
A etapa final voltou ainda mais equilibrada. Cada centímetro do campo era disputado quase a tapa por brasileiros e chilenos. Aos nove minutos Hulk chegou a balançar as redes, mas usou o braço para dominar a bola e o árbitro Howard Webb invalida o gol e aplica o cartão amarelo ao atacante. O lance foi bem polêmico e gerou controvérsias.
Nos minutos seguintes o jogo ficou muito feio e bastante tenso. O Brasil não conseguia jogar e ficava à base do chutão para a frente. Percebendo o nervosismo do adversário, o Chile foi para cima, dominando as ações e por muito pouco não virou o placar. Aránguiz finalizou com muita força e Júlio Cesar operou um verdadeiro milagre para evitar o empate.
O Brasil tentava sair do domínio chileno, e Hulk fez boa jogada pela porta esquerda. O atacante cruzou bem, mas Jô não chegou a tempo de completar a jogada e desperdiçou ótima chance para a Seleção Brasileira. Hulk também arriscou, da entrada da área, e viu Bravo, inspirado, fazer linda defesa para evitar o gol brasileiro.
Os minutos finais foram de pura apreensão para os torcedores brasileiros. O Chile cresceu e o time verde amarelo apenas assistia o adversário jogar. Na marca dos 47, em duas jogadas e gol chileno ficou muito perto de acontecer. Na primeira, Daniel Alves tirou no bico da chuteira, e logo na sequência, a cobrança de escanteio cruzou a pequena área sem ninguém para escorar.
Prorrogação
O panorama da prorrogação era o mesmo da partida. O Brasil sem muitas ações, o Chile administrando o jogo e ambas equipes muito tensas. Alguns momentos apareceram, mas, no geral, os minutos adicionais eram difíceis e equilibrados. A melhor chance do primeiro tempo da prorrogação foi de Hulk, que bateu firme de fora da área e Bravo fez mais uma defesa.
O segundo tempo da prorrogação já indicava que as disputas seriam pelos pênaltis. Os chilenos caiam e seguravam o tempo a cada dividida, enquanto Brasil não demonstrava criatividade para fugir do jogo marcado e pegado. Uma única boa chance foi criada, mas em bola parada, que Jô cabeceou para fora.
Penalidades
Até nas cobranças de pênalti o equilibro se manteve, até o fim. Apenas na última cobrança, com Jara errando para o Chile, foi que a partida foi desempatada. David Luiz, Neymar e Marcelo fizeram para o Brasil; Hulk e William erraram. Ao fim das penalidades, muita emoção. Lágrimas, orações, abraços. O Brasil avançou às quartas de final. No sufoco, com muita emoção, mas passou.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1 x 1 CHILE (P: 5-3)
Data: 28/06/2014
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Horário: 17h
Arbitragem: Howard Webb (Inglaterra)
Assistente 1:Michael Mullarkey (Inglaterra)
Assistente 2:Darren Cann (Inglaterra)
Gols: David Luiz 18’ 1T (1-0); Aléxis Sanchéz 32’ 1T (1-1)
Penalidades:
BRA: David Luiz (A); William (E); Marcelo (A); Hulk (E); Neymar (A)
CHI: Pinilla (E); Sanchéz (E); Aránguiz (A); Diaz (A); Jara (E)
Cartões Amarelos: Mena, Silva e Pinilla (CHI); Hulk, Luiz Gustavo, Jô e Daniel Alves (BRA)
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar (William); Neymar, Hulk e Fred.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Chile: Bravo; Jara, Gary Medel (Rojas) e Silva; Isla, Díaz, Aránguiz, Mena e Vidal (Pinilla); Vargas e Sanchéz.
Técnico: Jorge Sampaoli
(Foto: Fifa )
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