22 de dezembro de 2024
Destaque 2 • atualizado em 25/12/2020 às 11:34

Juíza é assassinada a facadas na frente das filhas

Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Foto: divulgação.
Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Foto: divulgação.

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, 45 anos, foi morta a facadas. O suspeito é o ex-marido da vítima, de 52 anos. O crime ocorreu no início desta véspera de Natal, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Em um vídeo que circula pelas redes sociais, as três filhas pequenas do casal teriam presenciado o crime e no momento que a mãe golpeada, as crianças gritam para o suspeito cessar, porém a vítima não resistiu e morreu no local, segundo o Corpo de Bombeiros que atendeu à ocorrência.

“Os agentes [da GM] estavam na base do 2º subgrupamento, que fica ao lado do Bosque da Barra, quando cidadãos que presenciaram as agressões acionaram os guardas para ajudar a vítima”, diz trecho da nota da Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Paulo não fugiu do local e nem resistiu à prisão.

O Homem foi levado à Delegacia de Homicídios do Rio, que também fica na Barra da Tijuca. Depois ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido para tratar um corte na mão, recebeu alta e retornou à delegacia. Segundo a Polícia Civil, em setembro, Viviane já havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido. Ela chegou a circular com escolta, mas pediu para que a proteção fosse retirada. A escolta foi utilizada pela juíza somente nos meses de outubro e novembro. Depois, Viviane alegou que não era mais necessária a proteção.

A juíza foi casada com por dez anos. Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) “lamentou profundamente a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, vítima de feminicídio na Barra da Tijuca nesta quinta-feira (24/12)”. Uma equipe do TJ-RJ está no IML (Instituto Médico Legal) nesta manhã para auxiliar parentes na liberação do corpo da juíza.

A família não quis dar declarações à imprensa acerca do crime. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os casos de feminicídio aumentaram consideravelmente neste ano de 2020. Analistas acreditam que, não apenas, o aumento dá-se por causa da pandemia da covid-19, pois os homens estão mais tempo em casa, o que agrava esta situação.


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