04 de janeiro de 2025
Mantida • atualizado em 01/12/2024 às 08:43

Judiciário prorroga prisão de Pollara e auxiliares por mais cinco dias

Decisão atende pedido do MPGO e mantêm as prisões temporárias realizadas durante a Operação Comorbidade
Poder Judiciário deferiu pediu do MP-GO para que a prisão dos três seja prorrogada - Foto: reprodução de vídeo / Sérgio Rodrigues / Tv Anhanguera
Poder Judiciário deferiu pediu do MP-GO para que a prisão dos três seja prorrogada - Foto: reprodução de vídeo / Sérgio Rodrigues / Tv Anhanguera

O Poder Judiciário goiano decidiu pela manutenção da prisão do ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e dos seus auxiliares, Quesede Ayres Henrique, ex-secretário-executivo e Bruno Vianna Primo, ex-diretor financeiro da SMS, por mais cinco dias. A prorrogação das detenções temporárias atendem a pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), da última sexta-feira (29).

Pollara e seus auxiliares foram presos na quarta-feira (27), quando foi deflagrada a Operação Comorbidade. Na quinta-feira (28) eles tiveram audiência de custódia e a prisão já tinha sido mantida, apesar de um pedido de habeas corpus da defesa, que foi negado.

A Operação Comorbidade, deflagrada na quarta-feira (27) pelo MP-GO, investiga pagamentos irregulares feitos no âmbito do convênio entre o Município de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAHC), responsável pela gestão das três maternidades públicas da capital: Célia Câmara,  Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Dona Íris.

Como detalhado anteriormente pelo Diário de Goiás, os indícios de irregularidades foram levantados inicialmente pelo Grupo de Atuação Especial (GAE) da Saúde em maio deste ano. A coordenadora da Área do Saúde do MP-GO, Marlene Nunes Bueno, e o promotor André Lobo Neves, integrante do GAE, detalharam que a fiscalização foi motivada por uma série de reclamações de fornecedores que estavam sem receber que buscavam a promotoria, assim como o crescimento no número de familiares relatando pacientes à espera de leitos em UTIs.

Por meio da investigação, o MP-GO apurou que os envolvidos concederam vantagens indevidas em contratos, desrespeitaram a ordem cronológica de pagamentos e causaram prejuízos ao erário público. Entre outras coisas, a manobra viola o princípio da impessoalidade exigida pela legislação.

Com a decisão, Pollara, Quesede e Bruno devem ser mantidos em prisão preventiva pelo menos até a próxima quinta-feira (5), atendendo o pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial do Patrimônio Público (GNPP). O processo judicial segue sob sigilo.


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