Ex-governador de Goiás, José Eliton (PSB) e aliado do candidato a vice-presidente na chapa petista Geraldo Alckmin (PSB), avalia que com um Congresso Nacional tão plural, será necessário habilidade política para construir um diálogo que possa permitir avançar pautas importantes ao Brasil nos próximos quatro anos.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Eliton destaca não ter dúvidas que tanto Lula como Alckmin estão preparados para assumir o Brasil em uma gestão que será marcada pela conciliação ao povo brasilerio.
“De um lado se posta aqueles que são defensores intransigentes da democracia e do Estado Democrático de Direito, da tolerância, de respeito, de um retorno a uma política onde é possível você ter adversários sem ter inimigos. Uma prática política que represente a harmonia da sociedade. É claro que a divergência de ideias é importante”, avalia.
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O ex-governador avalia de forma negativa a hipótese de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. “Do outro lado se posta aqueles que tem uma visão autoritária e namoram fortemente o fascismo. Não respeitam a ciência, não acreditam em vacinas nem pesquisas e buscam sempre o conflito como instrumento de manutenção de poder. Dentro desse cenário, que se desenvolve a atual política brasileira”, destaca.
Neste contexto, será importante que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso eleito, faça uma gestão de diálogo com o próprio Congresso Nacional. “Vivemos um modelo republicano e presidencialista de coalizão. É importante que o presidente tenha noção exata de que haverá de construir uma maioria sólida no Congresso Nacional e para isso vai precisar de habilidade para essa discussão. Espero que faça em base republicanos, não nesse troca-troca para obter vantagens e apoio parlamentar”, pontua.
Para ele, a hora é de “virar a chave” na política brasileira. “Dar uma chance para a República brasileira para que possamos efetivamente gerar um novo ciclo de esperança no Brasil. Construir uma política de entendimentos para construção de um Brasil melhor. Acho que esse é o grande desafio do Alckimin”, destacou.
Eliton destaca a importância de Alckimin nesse processo para atingir os principais objetivos da chapa. “O primeiro objetivo é a estabilidade econômica. Mudança de práticas políticas. A reconciliação nacional para que em 2026 possa passar para a nova geração política os comandos do país, de modo a que possamos ter uma política mais respeitosa entre adversários e aqueles que pensam diferentes, mas não são inimigos”, conclui.
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