O ex-governador José Eliton (PSB) que trabalha na construção e no fortalecimento da frente ampla de forças progressistas e democráticas em Goiás, descarta ser candidato a vice-governador em uma hipotética chapa majoritária. Apesar de se considerar preparado para assumir qualquer cargo, ele pontua que por já ter ocupado a função duas vezes quando esteve ao lado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a cadeira deveria ser destinada a outra pessoa.
Ao Diário de Goiás, em entrevista concedida nesta segunda-feira (18/04) Eliton destacou a importância da função, por outro lado, deverá caminhar em outros espaços ao longo do próximo pleito. “Eu só não seria candidato em hipótese nenhuma a vice-governador porque já fui em dois mandatos, sei da importância da função, especialmente quando o governante do executivo abre espaço para o vice, foi assim com o José Alencar e com o Lula. Eu tive uma experiência muito boa com o Marconi”, rememora.
“É uma agenda importante mas só que como eu já exerci esse cargo por dois mandatos me parece que é uma agenda a ser ocupada por outros”, pontua destacando que o momento ainda é de discussão e nenhum martelo foi batido. De todo o modo, seu nome está à disposição das agremiações que possam vir a compor essa frente de forças políticas. “Eu acho que naquilo que os partidos que compõem essa frente entenderem que é melhor. Afinal se não estou buscando uma candidatura especificamente, estou buscando contribuir, se os partidos entenderem que é melhor uma posição A ou B não teria problema nenhum.”, pontua. O mais importante agora, é costurar e fortalecer os apoios. “Mas independentemente de candidatura ou não, eu estarei pronto para avançar, seguir e discutir.”
Uma coisa é certa: numa hipotética pré-candidatura a Governador com eventual eleição, a ideia de reeleição não agrada o socialista. “Acho que é importante começar a delinear algumas coisas. Se eu particularmente, assumir um governo em 2018, dentro de um período que a legislação assim exigir e fui candidato a reeleição, mas eu particularmente indo a um processo eleitoral, eu José Eliton, sou refratário à ideia de reeleição. Numa hipótese dessas, eu não seria candidato à reeleição lá na frente”, destaca.
Ele cita países em que o modelo deu certo, como os Estados Unidos, mas pontua que em solo tupiniquim é um sistema que falhou. “É um modelo que deu muito certo em alguns países, nos Estados Unidos, por exemplo. No Brasil, quando ele assume o cargo, ele já assume com olhar na reeleição e com isso ele perde um pouco o foco nas questões que são importantes do ponto de vista de governança.”
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