Sentar em cadeiras enfileiradas, copiar o que é escrito na lousa em um caderno e levantar somente na hora do intervalo ou durante as pausas para ir ao banheiro. Essa é a rotina de um estudante durante as cinco horas que passam na escola. E os jogos e brincadeiras? As práticas lúdicas, na maioria das vezes, têm espaço apenas fora das salas de aula e, para muitos, esse é um dos fatores que tornam a escola cada vez menos atrativa aos jovens, levando à falta de interesse e indisciplina.
Pensando em reverter esse cenário, algumas instituições estão apostando em ferramentas de ensino capazes de prender a atenção dos alunos. Os jogos educativos são um grande recurso nessa nova metodologia e já são bastante comuns em algumas escolas não só como atividade complementar às aulas mas até mesmo como método para avaliar o desempenho das crianças e auxiliar no diagnóstico mais rápido do aprendizado. Especialistas dizem que o instrumento pode ser um bom complemento para as aulas, mas ressaltam que é preciso cuidado para não retirar a autonomia do professor.
Atentos a essas questões, docentes de diferentes Universidades Federais do Brasil, criaram em 2014, o Encontro Nacional de Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química, Física e Biologia, intitulado de JALEQUIM. O principal objetivo do evento, é congregar pesquisadores da área do ensino lúdico de ciências, além da troca de experiências na aplicação e desenvolvimento de jogos educativos na sala de aula. Este ano, o JALEQUIM (Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química, Física e Biologia) acontece na cidade de Foz do Iguaçu, entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro.
De uma maneira geral, o evento também visa reunir professores da educação básica e superior, alunos de graduação e pós-graduação e demais interessados. Segundo o professor da Universidade Federal de Goiás e organizador do JALEQUIM, Márlon Hebert Soares, não basta fazer apenas a proposição de um jogo em sala de aula, é importante avaliar também o seu impacto. “É preciso analisar o que foi absorvido em sala e entender de que forma os alunos aprendem por meio de atividades lúdicas. Essa é a importância do pesquisador da área dominar não só as formas de aplicação, mas também as teorias e métodos que se relacionam com o tema”, explica Soares.
Segundo o professor da UFG, os jogos têm se mostrado uma importante e divertida forma de aprendizado e propicia uma maior aproximação entre professores e alunos. “Essa colaboração constante traz a desinibição do sujeito que aprende, fazendo com que ela possa, dentro da tranquilidade e do prazer trazido pela atividade, fazer perguntas sem medo de errar”, defende, salientando a importância de que tanto professor quanto o aluno não esqueçam que o jogo é uma maneira eficiente de discutir conceitos científicos. “Mas, se não houver um equilíbrio ente a função educativa e lúdica, o jogo pode não funcionar para o objetivo a que se propõe. Às vezes, o jogo é tão divertido, que o conteúdo é esquecido”, alerta.
Márlon concorda que os estudantes se interessam mais quando o conteúdo é passado de forma lúdica. “Desde a tenra idade, todos nós gostamos de jogar e nos divertir, isso faz parte do nosso processo de desenvolvimento cognitivo. Logo, o interesse pelos jogos é uma característica humana da qual aproveitamos para ensinar ciências”.
O seu filho também se interessa por jogos? Procurar por uma escola que trabalhe de forma lúdica dentro da sala de aula pode ser uma forma de aumentar ainda mais o interesse dele pelos estudos. Você sabia que o Educa Mais Brasil possui mais de 18 mil instituições parceiras em todo país? Você pode encontrar uma escola que trabalhe com essa metodologia bem perto de você. Além disso, com a ajuda do Educa Mais, você ainda pode conseguir bolsa de estudo de até 50% para investir na educação do seu filho. Não perca tempo. Acesse o site do Educa Mais e faça já sua inscrição.
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