O dono da JBS, Joesley Batista, está no Brasil desde domingo (11) e disse que havia saído do país para “proteger a integridade da sua família”.
Ele voltou para depor à Polícia Federal e resolver assuntos pessoais. Esteve nesta segunda (12) em Brasília para prestar depoimento na Operação Bullish, que investiga empréstimos concedidos pelo braço de investimentos do BNDES, o BNDESPar, à empresa.
Como se tornou delator, Joesley não pode mais exercer o direito de ficar calado e tem que depor sempre que chamado.
Segundo em nota divulgada nesta terça (13), o empresário disse que seus familiares sofreram “reiteradas ameaças” desde a divulgação da delação premiada em que gravou conversa do com o presidente Michel Temer.
“Joesley Batista estava na China -e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República. Não revelou seu destino por razões de segurança. Viajou com autorização da Justiça brasileira”, diz a nota.
“Joesley é cidadão brasileiro, mora no Brasil, paga impostos no Brasil e cria seus filhos no Brasil. Está pessoalmente à disposição do Ministério Público e da Justiça brasileiros para colaborar de forma irrestrita no combate à corrupção”, acrescenta o comunicado.
A divulgação da delação de Joesley e de outros executivos da J&F, empresa que controla a JBS, lançou o governo em sua maior crise, paralisou a discussão sobre as reformas e gerou questionamentos sobre a capacidade de sobrevivência do Executivo. No Congresso e em manifestações de rua, houve pedidos de saída de Temer.
Além de Temer, o empresário implicou outros políticos, como o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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