23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:38

Joesley Batista e Ricardo Saud chegam a Brasília em avião da PF

O avião da Polícia Federal que levou a Brasília o empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS, chegou pouco antes das 15h30 ao aeroporto da capital federal.

Joesley e o executivo Ricardo Saud, ambos delatores, chegaram à Superintendência da PF sem passar pelo IML (Instituto Médico Legal) primeiro, e foram recebidos com protestos e rojões.

Eles não passarão por exame médico a pedido de seus advogados e atestarão que têm boa saúde.

Os dois se entregaram à polícia no domingo (10) à tarde. Pela manhã, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin havia decretado a prisão dos dois, solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na sexta (8).

Joesley e Saud deixaram a carceragem da Polícia Federal em São Paulo por volta das 10h30 desta segunda-feira. Eles foram levados ao aeroporto de Congonhas, onde embarcaram

Como se tratam de prisões temporárias, eles devem ficar presos, pelo menos, até sexta (15). As detenções, no entanto, podem ser prorrogadas ou transformadas em preventivas.

Janot também pediu a prisão do ex-procurador Marcello Miller, negada por Fachin. A residência do atual advogado foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta segunda (11), no Rio.

Os agentes chegaram ao local por volta das 6h e saíram depois de 1h40, carregando dois malotes de documentos.

O escritório da J&F, empresa controlada pelos irmãos Batista, também foi alvo de operação da Polícia Federal nesta segunda.

Manifestação

Na porta da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde os delatores ficarão detidos, um grupo de oito pessoas protesta com bandeiras do Brasil e cartazes de apoio à Lava Jato. Um dos homens veste um boné com o slogan do presidente americano Donald Trump, “Make America Great Again”.

“É o maior empresário corrupto do país, que financiou o governo do PT e PMDB”, diz a aposentada Julse Urbaneshi, 60, com um cartaz com os dizeres “Joesley e quadrilha provam o gostinho da cadeia” amarrado ao corpo.

Segundo a relações-públicas Guaíra Leis, que carrega um cartaz com o rosto do juiz Sergio Moro, “isso é para mostrar que ninguém está acima da lei.”

Enquanto esperavam os presos, gravavam vídeos para as redes sociais e debatiam: “Outro que deveria estar preso é o [procurador-geral da República, Rodrigo] Janot, porque tudo começou com ele fazendo essa delação ilegal”, diz Leis.

Os manifestantes também hostilizaram o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em sua chegada à PF. “Você está defendendo bandido com dinheiro do BNDES”, gritava um homem enquanto o grupo cercava o carro. (Folhapress)

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