O juiz Renato César Dorta Pinheiro, titular da comarca de Abadiânia, condenou nesta terça-feira, 25, João Teixeira de Faria – o João de Deus – a dois anos e seis meses de reclusão por violação sexual mediante fraude. Com essa decisão, as penas impostas ao médium já ultrapassam 64 anos.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, o processo em questão envolvia dez vítimas apresentadas pelo Ministério Público do Estado, mas a Justiça rejeitou a acusação em relação a nove delas e o processo seguiu com apenas uma.
João de Deus responde a mais de uma dezena de ações ainda não sentenciadas. O médium já foi condenado estupros contra cinco mulheres (40 anos em regime fechado), violação sexual mediante fraude contra duas mulheres e estupro de vulnerável contra outras duas (19 anos e quatro meses em regime fechado) e porte ilegal de armas (quatro anos em regime aberto).
O líder religioso nega as acusações de abuso sexual. Todas as condenações estão em fase de recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
O médium ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020 no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, mas deixou o presídio para cumprir pena em regime domiciliar por pertencer ao grupo de risco em caso de contágio pela covid-19. Desde então, é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com testemunhas e vítimas.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE JOÃO DE DEUS
A reportagem busca contato com a defesa do médium. O espaço está aberto para manifestações. (Estadão Conteúdo)
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