O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que Michel Temer fez uma “confissão” sobre ter participado de uma conversa na qual foram tratados de possíveis crimes de corrupção de agentes públicos e pede para tomar o depoimento do presidente.
A afirmação faz parte de uma petição encaminhada ao ministro do STF Edson Fachin, responsável pelo inquérito aberto com base na delação da JBS para investigar se o presidente cometeu crimes de corrupção passiva, embaraço à investigação da Lava Jato e organização criminosa.
Janot cita trecho do pronunciamento do presidente no último sábado (20), no qual Temer relata encontro durante a noite para conversar com Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
Temer ouviu relato de compra de juízes e procuradores sem demonstrar oposição.
“O presidente confirma que fez parte do diálogo o possível crime de corrupção: [Temer diz no diálogo que] ‘E por isso mesmo eu devo dizer que, não acreditei na narrativa do empresário de que teria segurado juízes, etc. Ele é um conhecido falastrão, exagerado'”, destaca a PGR (Procuradoria-Geral da República).
“Mais uma vez o fato relevante não é negado, sendo, em realidade, objeto de confissão no sentido de que os interlocutores dialogaram sobre possível corrupção de agentes públicos”, escreve Janot.
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