12 de setembro de 2024
Recuo • atualizado em 19/08/2023 às 10:08

“Isso foi erro da Veja, não se falou em joias”, disse Bitencourt ao Estadão

Advogado diz que confissão de tenente-coronel Cid se limitará à venda de um Rolex e que não há envolvimento com outros objetos
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Secom
O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Secom

O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (17), que a confissão de seu cliente não vai tratar do suposto esquema de venda de joias recebidas pelo ex-presidente no exterior. A revista Veja havia publicado que Cid teria decidido entregar Bolsonaro no caso.

“Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja, não se falou em joias”, disse Bitencourt ao Estadão. Segundo ele, Cid falará apenas sobre a venda de um relógio Rolex, que teria sido um presente pessoal de Bolsonaro.

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A PF investiga a participação de Cid, preso preventivamente há três meses por fraudes no sistema do Ministério da Saúde, na suposta comercialização de presentes oficiais que Bolsonaro recebeu durante viagens internacionais. Os presentes, que incluem joias, obras de arte e relógios, teriam sido vendidos pelo tenente-coronel e as investigações apontam que o ex-presidente foi beneficiário do esquema e que teria lucrado mais de R$ 1 milhão.

Na última sexta-feira (11) a polícia federal deflagrou a Operação Lucas 12:2, com o objetivo de investigar a venda de objetos de valor, entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais, e cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Cid, de seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid, do segundo-tenente Osmar Crivelatti e do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (17), autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle. A medida foi solicitada pela Polícia Federal (PF), para descobrir se o dinheiro da venda das joias chegou ao ex-presidente.


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