18 de novembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 01:01

Israel aprova novo assentamento na Cisjordânia pela 1ª vez em 20 anos

É a primeira vez em 20 anos que Israel autoriza um assentamento novo em território palestino (Foto: Reprodução Internet)
É a primeira vez em 20 anos que Israel autoriza um assentamento novo em território palestino (Foto: Reprodução Internet)

Israel aprovou na noite de quinta-feira (30) a construção de um novo assentamento na Cisjordânia. Embora o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu venha expandindo nos últimos anos a presença de colonos em assentamentos já existentes, é a primeira vez em 20 anos que Israel autoriza um assentamento novo em território palestino.

O projeto foi prometido por Netanyahu para substituir Amona, assentamento construído de modo irregular nos anos 1990 por colonos israelenses em terras privadas palestinas e que foi desmontado em fevereiro pelo Exército israelense.

“Eu fiz uma promessa de que iríamos criar um novo assentamento” disse Netanyahu. “Nós iremos mantê-la hoje”.

O primeiro-ministro, porém, pediu aos integrantes linha-dura de seu governo “comedimento” na expansão de assentamentos para demonstrar comprometimento em relação ao processo de paz com os palestinos.

Nesse sentido, as autoridades israelenses devem priorizar a construção de novas casas em assentamentos já existentes na Cisjordânia.

O anúncio da construção do novo assentamento foi recebido com críticas pelas lideranças palestinas.

“O anúncio prova mais uma vez que Israel está mais comprometido com o apaziguamento de sua população ilegal de colonos do que com o cumprimento dos requisitos para promover a estabilidade e uma paz justa”, disse Hanan Ashrawi, diretora da Organização para a Libertação da Palestina.

A ONG israelense Paz Agora também criticou a decisão do governo, dizendo que o novo assentamento será construído “em uma área isolada que nunca poderia pertencer a Israel” após a eventual criação de um Estado palestino na Cisjordânia.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres expressou preocupação com o anúncio e disse “condenar todas as ações unilaterais que ameaçam a paz e prejudicam a solução de dois Estados”.

(FOLHA PRESS)

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