22 de dezembro de 2024
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Ismael Alexandrino prevê queda nos casos de Covid-19 na terceira semana de agosto em Goiás

Secretário de Saúde, Ismael Alexandrino (Foto: Divulgação/ Governo de Goiás)
Secretário de Saúde, Ismael Alexandrino (Foto: Divulgação/ Governo de Goiás)

A terceira semana de agosto será fundamental para o futuro da Covid-19 em Goiás e o secretário de Saúde do Estado, Ismael Alexandrino avalia ser fundamental observar o comportamento da população com o retorno das aulas na rede estadual. Ele acredita que por conta do ambiente controlado das escolas, a tendência não será de aumento nos casos. O titular da pasta explicou sobre o cenário atual do coronavírus em entrevista à Rádio Sagres na manhã desta quarta-feira (11/08).

Alexandrino explica que Goiás vive um “delay” no registro de casos de Covid-19 em relação a outros estados do Brasil e está sempre 45 a 60 dias atrasado em relações aos outros entes da federação no que diz respeito às estatísticas. Isto é: se hoje São Paulo tem uma média de 46% de internações nos leitos de UTI e Goiás, 77% isso irá mudar dentro das próximas semanas. 

Goiás por exemplo, já está no nono dia seguido com queda nas ocupações. “Eu tenho dito desde o ano passado, é uma questão observacional, Goiás tem um delay, um atraso de subida e de descida de casos de em torno de 45 dias a 60 dias. Esse é mais ou menos o ciclo em torno de outros estados brasileiros. Começa no Amazonas, vai para o Nordeste, desce para o Sudeste, Sul, faz quase que uma espiral e o último estado que chega é o Centro-Oeste”, explicou.

O momento atual é de ‘queda sustentada’, apesar de uma leve alta em decorrência das férias de julho o que promoveu um ‘desordenamento no fluxo’. “Na primeira quinzena subiu novamente o número de casos e passou de 90%, na última semana de julho começou a cair, entrou agosto caindo, estamos em queda neste momento sustentada no número de pedidos de UTI e naturalmente reflete tardiamente no número da taxa de ocupação.” 

Retorno das aulas será definidor

O fato novo para Goiás nesse momento é o retorno às aulas presenciais, mas Ismael acredita que não seja isto que possa promover um levante nos casos da Covid-19. “A questão das aulas que precisamos observar: não sabemos o comportamento se vai contribuir aumentando ou diminuindo as taxas de ocupações. As pessoas são mais jovens e elas tendem a internar menos. Apesar de ser um ambiente com mais gente, é um lugar mais controlado, com mais rigor, as pessoas respeitando, utilizando máscara do que se estivessem de férias, aglomerando. A terceira semana será de muita importância para a análise”, destaca.

O que irá contrapor o retorno às aulas e impedir um repique da pandemia é justamente a vacinação acelerada. “Não no sentido de não ter a doença, mas no sentido de tê-la na sua forma mais branda, tal qual a que eu tive, de forma que não necessite de internação e outras complicações. Já temos essa estatística, das pessoas que tomaram duas doses, 95% não registrou nenhum tipo de doença, uma parcela muito pequena registrou doença e uma parcela muito pequena atingiu o óbito, 0,10% para quem tomou as duas doses”, explica.

Ismael quer disponibilizar doses reforço paradas para primeira dose

O que liga o sinal de alerta do secretário é o fato de que muitas pessoas não estão retornando para a imunização do reforço. “O que nos preocupa: 214 mil pessoas não retornaram para tomar a segunda dose e essas pessoas certamente estão vulneráveis”, diz. Sem a dose reforço, a imunização não está completa e essas pessoas se colocam em situação de vulnerabilidade, explica Alexandrino.

Para isso ele quer propor que as vacinas hoje reservadas para a segunda dose e que estão paradas, possam ser destinadas para aqueles que estão aguardando a primeira. ““Hoje mesmo eu vou propor para que delimitemos um prazo para essas pessoas tomarem a segunda dose num prazo razoável e uma vez não cumprido, liberarmos essas doses para a primeira dose. Tem muita gente aguardando ansiosamente, não acho justo nem sensato que espere a deus-dará e outras pessoas esperando a primeira dose”, pontuou.

Não será uma medida punitiva, garante. “Mas também eu não acho justo ficar esperando algum tipo de convencimento, o tanto que a gente tem discutido e conscientizado, a imprensa falando na necessidade em tomar a segunda dose”.

‘Não é uma gripezinha’

Recuperado da Covid-19, o secretário já estava imunizado quando foi infectado. Ele teve sintomas leves, mas ainda assim, diferentes daqueles habituais das gripes convencionais. “Por mais que tenhamos sintomas simples, é diferente daqueles que já temos com outras gripes. Não é uma gripezinha. Eu realmente aconselho: continuem se cuidando, eu vou continuar usando máscara quando estiver em lugar público, não vou me furtar das atividades, tentarei buscar a vida um pouco mais normal, mas vamos preservar”, concluiu.


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