26 de novembro de 2024
Cidades

Irregularidades em produtos e na estrutura de supermercado levam à interdição

Inspeção foi realizada nesta segunda, 18. (Foto: Divulgação/Procon Goiás)
Inspeção foi realizada nesta segunda, 18. (Foto: Divulgação/Procon Goiás)

O Supermercado Barbosa, localizado no Jardim Guanabara, em Goiânia, foi interditado nesta segunda-feira (18), após inspeção da Vigilância Sanitária, Procon Goiânia e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).

De acordo com a coordenadora de Fiscalização da Vigilância Sanitária, Tânia Agostinho, a equipe fez a vistoria após denúncia anônima de que o supermercado estaria vendendo produtos com prazo de validade vencido.

“Nós recebemos a denúncia anônima na sexta-feira e fomos inspecionar hoje. Chamamos o Procon Goiás para nos acompanhar. Terminamos a operação por volta das 12h. Só o advogado compareceu ao local, não conseguimos falar com o proprietário. Foram encontradas diversas irregularidades, produtos comercializados com data de validade vencida, e o estoque precisa ser refeito. De toda a estrutura, só o salão de vendas que não precisa de adequação”, informou a coordenadora.

Segundo Tânia, o estoque, onde são guardados os produtos, estava em situação deplorável, com muita sujeira. Além disso, o piso do segundo andar é feito de uma madeira fina, e traz riscos aos funcionários que passam pelo local, que podem cair e se machucar.

“Deixamos uma ordem de interdição e diversas recomendações. Eles precisam de um projeto arquitetônico, de um responsável técnico, e muitas outras adequações. Para você ter noção, tinha extintor vencido desde 2016. O supermercado também não tem doca, não tem parte interna separada para funcionários, os banheiros estão interditados, tem muita sujeira”, disse a coordenadora.

Agora, todas as infrações da legislação sanitária são descritas em um documento, que integrará um processo administrativo contra o estabelecimento. As infrações serão analisadas e mensuradas e, em seguida, será estabelecida uma multa, que pode variar de R$ 2,3 mil a milhões de reais.

“A interdição não tem prazo. Eles precisam adequar o local para ser retirada a interdição. Eles pediram que nós deixássemos pelo menos o salão de vendas liberado, para poder comercializar o restante dos produtos e nós fizemos uma condição: só liberaremos o salão de vendas se retirarem tudo de dentro dos outros locais, do estoque, etc. Em seguida, eles devem nos comunicar e nós faremos uma nova visita para liberar o salão de vendas. Qualquer hora que eles nos chamarem, em caso de interdição, é prioridade, vamos que atender”, ressaltou Tânia Agostinho.

Procon Goiás

De acordo com o gerente de Fiscalização do Procon Goiás, Marcos Rosa, foram apreendidos diversos produtos que tinham data de validade vencida e que não tinham informações sobre origem, data de fabricação e vencimento. Além disso, os agentes também monitoraram o preço dos produtos à venda e constataram que hava diferenças nos valores informados na gôndula e quando passavam a compra no caixa, seja cobrando mais ou menos. 

“Os produtos foram apreendidos e descartados no local mesmo. Um senhor, que se apresentou como gerente, e o advogado do estabelecimento acompanharam toda a ação e assinaram os autos de infração. A multa do Procon Goiás também será aplicada posteriormente. Os valores variam entre R$ 630 e acima de R$ 8 milhões, considerando três fatores: o porte econômico da empresa, a gravidade das infrações e se é reincidente”, informou.

Segundo Marcos Rosa, o Procon Goiás também abre um processo administrativo contra o estabelecimento. Sobre a atuação dos Bombeiros, gerente de Fiscalização destacou que todos os agentes ficaram com receio de “deixar o local como estava, em vista de que o piso superior era de maneira que não tinha tratamento contra incêndio” e que poderia possibilitar a queda de um funcionário a qualquer momento. 

Ao Diário de Goiás, Marcos Rosa reforçou um alerta. “O Procon orienta que no momento da compra, o consumidor confira a data de validade dos produtos e se os preços informados na gôndola e no caixa são o mesmo. Caso constate alguma irregularidade, acione o Procon Goiás para que a gente possa tomar as providências cabíveis”, concluiu.

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Atualizada às 16h37


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