O prefeito Iris Rezende afirmou nesta quinta-feira (14), em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, que Goiânia segue apoiando integralmente as decisões do governo estadual em relação às medidas de combate à epidemia de Covid-19 no estado.
Iris revela que pediu a Caiado para participar das discussões que basearão eventuais novos decretos restritivos. A intenção do prefeito, conforme relata, é mitigar efeitos econômicos e também sanitários à capital.
“Na minha última audiência com o governador, fiz um pedido. Gostaria de dar a minha opinião sobre futuros decretos determinando fechamento ou aberturas de comércio, justamente para contribuir para não cometer excessos ou falta de ação. Estamos de mãos dadas dom o governador para quaisquer ações e para que Goiânia não sofra as consequências de fechamento ou abertura”, pontuou. “Nós procuramos, desde o primeiro minuto, dar apoio a todas essas medidas (de Caiado) para que essa crise passe sem maiores consequências para a nossa população”, disse Iris.
Transporte público
Uma decisão judicial determinou que o poder público e a CMTC arquem com os prejuízos das empresas do transporte coletivo, que só podem levar passageiros sentados desde o início da crise sanitária. Contudo, Iris disse que não pode se comprometer, neste momento, a subsidiar o sistema. Conforme o prefeito, a incerteza em relação à arrecadação o impede de firmar tais compromissos.
“A maior repercussão da crise é justamente para o poder público. A arrecadação, ninguém pode dizer o que será amanhã, daqui um mês ou 60 dias. O comércio está fechado, indústrias paralisadas. Temos agido com muita cautela. Quando me chamam para discutir contribuição financeira da prefeitura, tenho dito que não tenho condição de discutir questões financeiras enquanto não tomar conhecimento da arrecadação até o fim do mês. Hoje ninguém sabe se teremos recursos para pagar a folha dos funcionários”, afirmou o prefeito.
Iris pediu contribuição do governo estadual para melhorar o serviço. Segundo ele, a gestão do PSDB fez mudanças que prejudicaram o sistema de transporte, além de aumentar a influência do Estado no sistema.
“Eu tenho evitado muito discutir questão de transporte. Na gestão estadual passada, o governador tomou atitudes nessa área do transporte que até então era uma questão do prefeitos. Tomou atitudes que acabaram com o sistema de transporte urbano da região metropolitana. Criou um sistema que o morador de Bela Vista paga a mesma passagem que o morador da Vila Nova paga para ir ao Centro. Anarquizou. O peso do Estado assumiu o Eixão”,criticou.
O prefeito admitiu que o município tem responsabilidades, mas sinalizou que a questão deve ser encabeçada pelo governo estadual. Iris ainda reiterou que não pode custear prejuízos das empresas de transporte.
“Temos esperado que o governador tome as medidas necessárias. Tudo isso passou para responsabilidade do governo estadual. São problemas complexos, sérios, que precisam ser tratados com muita competência. A prefeitura não pode fugir da sua participação. Na semana passada, fui abordado pelo governador. Até o fim do mês não tenho condição de assumir compromisso nenhum, pois não si o que vamos arrecadar. É um momento complexo que vivemos, e o administrador público tem que ter muita cautela”, argumentou.
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