28 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:09

Iris defendeu ação da Guarda contra professores: “Que prefeito seria eu, deixando invadir sem motivação, uma secretaria?”

Prefeito Iris defendeu a ação da guarda e prometeu apurar se houve excesso (Foto: Blog da Guarda Civil Metropolitana)
Prefeito Iris defendeu a ação da guarda e prometeu apurar se houve excesso (Foto: Blog da Guarda Civil Metropolitana)

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) comentou a agressão sofrida por um grupo de servidores da Educação pelos guardas civis metropolitanos. O fato ocorreu na última quarta-feira (19). Iris declarou que o momento não é de realizar greve, pois iniciou a pouco tempo a administração. Ele destacou que não poderia permitir uma ocupação em um espaço público do Município.

Iris Rezende argumentou que não poderia deixar ocorrer uma ocupação na Secretaria Municipal de Educação. O prefeito reclamou que foram destacados dois secretários para fazer negociação e que os manifestantes não quiseram diálogo. O chefe do Executivo disse que a lei vale para todos.

“Eles estavam tentando entrar. Eles não haviam ocupado. Dois secretários foram destacados para conversar, para explicar, inclusive eu me dispus a recebê-los, quando de repente eles entraram. Ora, qual é o dono da casa que estando presente aceita o estranho vir invadir a sua casa. A própria lei protege o esforço para preservar o patrimônio. Que prefeito seria eu, deixando invadir daqui, dali, acolá, sem motivação, uma secretaria municipal? Não. A lei tem que ser respeitada. A lei não é para uma parte da população. A lei é para todos, do prefeito até o mais humilde trabalhador. A lei é para todos. Eu vou me esforçar dia e noite para valorizar o nosso servidor. A minha preocupação sempre foi essa, mas nunca abro mão do respeito a sociedade que represento como prefeito”, argumentou o prefeito Iris Rezende.

O chefe do Executivo declarou que o momento não é de fazer greve, pois ainda está no início da administração. Ele disse que tem recebido o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), entidade que oficialmente representa a categoria e não o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed). O prefeito Iris disse que apesar de o Simsed não representar a categoria, está aberto a receber integrantes do movimento.

“Oficialmente eles não representam o segmento. Eu recebi a presidente do sindicato, mas eu recebo todo mundo que quiser falar comigo”, disse o prefeito.

Questionado sobre o uso de balas de borracha por parte da Guarda Civil Metropolitana, o prefeito de Goiânia declarou que uma bomba que explodiu não era dos agentes de segurança. O prefeito declarou que está sendo apurado se houve ou não excesso por parte dos guardas.

“O que me chamou atenção é que aquela ocupação de ontem no final do dia, no início da noite, segundo informações que me chegaram, aquela bomba que causou espanto não foi objeto de ação da Guarda Municipal, ela foi de elementos que compunham aquele grupo. Por que tantos mascarados ali? Eram para não ser identificados, de forma que nós estamos apurando e vamos punir os possíveis responsáveis pelo excesso”, declarou o prefeito.

Guarda

O Diário de Goiás também ouviu o comandante da Guarda Civil Metropolitana José Eulálio Vieira. Ele argumentou que a negociação foi tentada, mas com a recusa dos manifestantes, a Guarda foi obrigada a cumprir a lei.

“Na verdade foi feita uma negociação com os manifestantes porque eles adentraram e pediram para que todos os funcionários saíssem e eles que iriam permanecer ali. E eles adentraram, trancaram o portão, onde não tinha cadeado, eles colocaram correntes e cadeados deles e nós tentamos negociar por umas duas horas e meia mais ou menos. Chegaram gente dos Direitos Humanos, da OAB. Me informaram se poderiam convencer eles da retirada. Eu autorizei, conversaram e não tiveram êxito. A gente tem uma lei que não pode invadir órgão público e agimos em cima desta lei e nós somos pagos para trabalhar e proteger o patrimônio público e o maior patrimônio que tem são as pessoas, e ali eram os funcionários. Por isso foi feita a ação. A ordem é a lei. Não sou eu. Eu tenho que atender a lei e quando a lei determina é maior do que um simples secretário”, justificou a ação o comandante da Guarda.

José Eulálio ainda disse que houve reação dos guardas porque houve truculência por parte de manifestantes que teriam recebido os agentes com pedras, spray caseiro, entre outros armamentos.

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